"É preciso reforçar apoio psicológico nas empresas e nas escolas"

O diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Miguel Xavier, faz um balanço positivo sobre como o país lidou com a pandemia nesta área. E embora ainda não haja nenhum estudo epidemiológico sobre o impacto da covid-19, sabe-se que houve muito mais situações de crises de adaptação à realidade do que desenvolvimento de doença mental. Mas deixa um alerta neste dia mundial: "Não há Saúde sem Saúde Mental", sublinhando que a política laboral de um país é determinante na saúde da população e que ainda há riscos psicossociais provocados pela pandemia, como o fim das moratórias ou a situação difícil de empresas", que têm de ser acautelados.
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"Não há Saúde sem Saúde Mental". A frase é simples e dir-se-ia mesmo que ao alcance do entendimento de qualquer um, mas não é interiorizada por muitos, quer sejam cidadãos, políticos, empresários e tantos outros que compõem uma comunidade, a qual, nas palavras do diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM), da Direção-Geral da Saúde, Miguel Xavier, deverá ser mais resiliente, porque é disso que o ser humano precisa.

"O que a maior parte das pessoas precisa não é de serviços de saúde nem de psiquiatras, mas sim de uma comunidade resiliente", defendeu ao DN. Ou seja, o que a maior parte das pessoas precisa é de ter habitação digna, trabalho com remuneração adequada para viver dignamente, transportes públicos condignos também e uma segurança social forte que a apoie. Se isto existir numa sociedade, diz o psiquiatra, "a maior parte das pessoas não desenvolve doença mental". E é isso que se pretende alertar neste Dia Mundial da Saúde Mental, que no nosso país vai ser assinalado em Cantanhede.

O diretor do PNSM questiona: "Como é que alguém, e independentemente de ser português ou não, com um ordenado baixíssimo, que passa quatro horas em transportes públicos, que vive em bairros degradados, pode ter boa saúde mental? Alguém que me explique isto. Não pode. E para uma pessoa com todos estes problemas, pouco lhe serve saber que tem um ótimo serviço de saúde ao lado para o tratar". Para estas pessoas, é preciso a mudança.

Destaquedestaque"O que a maior parte das pessoas precisa não é de serviços nem de psiquiatras, mas de uma comunidade resiliente."

Nesta conversa com o DN, sobre o impacto da pandemia na sociedade portuguesa e sobre o futuro, o que aí vem e o que deve mudar, Miguel Xavier não tem dúvidas que, em relação a este ano e meio, e quando a pandemia parece estar controlada, que "o balanço é positivo", no que toca à forma como os serviços conseguiram lidar com a situação, em relação ao futuro, que há grandes desafios, alguns mais abrangentes, outros mais concretos.

Um dos primeiros e dos mais abrangentes é a mudança que tem de ser feita "à maneira como se encara a saúde mental, porque quando pensamos em saúde mental pensa-se em doença e não pode ser. Temos de pensar em saúde. Isto advém de uma mudança cultural que tem de ser feita. Estamos a começar a fazê-la, a população portuguesa está muito mais atenta às questões do bem-estar, da qualidade de vida, do que cada um pode fazer pela sua própria saúde mental. Vamos levar anos a fazer isto, mas penso que vai dar bons frutos".

Quanto a desafios mais concretos é peremtório sobre onde se deve atuar: "É preciso um reforço muito significativo de psicólogos na medicina do trabalho e nas escolas". E porquê? "Porque um dos problemas na saúde mental tem a ver com o facto de muitas situações não serem detetadas precocemente. Se fossem, as pessoas poderiam ser ajudadas antes de desenvolverem uma perturbação mais grave".

Mas ainda sobre os desafios mais abrangentes, Miguel Xavier lembra que estes não são só válidos para o cidadão. São também para quem tem de tomar decisões que possam influenciar o bem-estar de toda uma comunidade, políticos, autarcas, empresas, escolas, etc. Por isso, sublinha, "há que mudar perspetivas, porque a política laboral de um país é um fator determinante fortíssimo da saúde mental da população".

As empresas, as instituições e a comunidade têm de perceber isto, porque, e faz questão de sublinhar, "não há Saúde sem Saúde Mental". Esta é uma das suas frases preferidas, que repete e repete, mas não é da sua autoria. "É da Organização Mundial da Saúde, mas diz tudo". Miguel Xavier tem outra frase que também não se cansa de utilizar e de recomendar a quem tem de tomar decisões: "A saúde mental tem de estar presente em todas as políticas".

Destaquedestaque"A política laboral de um país é um factor determinante fortíssimo da saúde mental dessa população".

Cada dez mais, a saúde mental de uma sociedade "é um grande desafio para todos". E para o ganharmos temos, em primeiro lugar, de deixar de olhar para ela como um estigma e apostando na prevenção, alertando: "O facto de a pandemia estar controlada é um fator positivo para a saúde mental da população", mas é muito importante não esquecer que ainda há "riscos psicossociais que não estão determinadas e que podem vir a ter consequências na saúde mental".

A resposta, como diz, está no facto de "haver muitos fatores externos, fundamentalmente económicos, que podem ter impacto na saúde mental dos portugueses. O que é o caso, por exemplo com o fim das moratórias ou com a situação difícil de certas empresas as quais podem ter impacto em muitas famílias. Ainda não sabemos quais são, mas vão ter. E a sociedade tem de estar atenta a isto".

Por isso, na visão de Miguel Xavier, o que se vai fazer e como tem de ser "muito ponderado", assumindo-se em primeiro lugar uma posição de prevenção quanto à resolução daquele tipo de situações. "As pessoas precisam é de uma comunidade resiliente", insiste, sustentando, no entanto, que não vale a pena especular sobre o tipo de impacto que podem ter ou o fim das moratórias ou a situação difícil de certas empresas, porque "não temos dados concretos sobre o que vai acontecer".

Explicando: "Por um lado, sabemos que os fatores económicos são absolutamente determinantes para as situações de perturbação psicológica. Por outro, temos perspetivas de crescimento económico bastante apreciáveis, segundo o que ouvimos nas notícias. Portanto, há aqui movimentos de tendências contrárias e é preciso perceber qual será o vetor resultante disto. O que quero dizer é que se se verificarem consequências graves relacionadas com as moratórias ou com o desemprego a tendência será uma e com impacto na saúde mental. Se se verificar que há uma recuperação económica razoável a tendência será outra".

Por isto mesmo, e pelo peso dos dois vetores, o psiquiatra defende que "devemos assumir sempre uma postura preventiva. No caso das moratórias, e já é um facto que vão terminar, acho que a posição preventiva de todas as entidades e da própria sociedade deve ser: "Há ainda uma situação de risco psicossocial que não está determinada e isto obriga-nos que estejamos todos com a maior atenção à evolução do que vai acontecer nos próximos meses".

Destaquedestaque"Se tivermos programas de prevenção nas escolas e no trabalho a maior parte das pessoas não desenvolve doença mental".

O diretor do PNSM diz mesmo: "Para mim a atitude preventiva é a única que deve ser ponderada, senão as consequências serão óbvias. Se os efeitos da crise económica forem mais fortes, o impacto na saúde mental também o será". Até porque, "isto já aconteceu nas outras crises económicas que tivemos". Se os fatores de crescimento económico forem favoráveis, o impacto será positivo". Quando questionado sobre o que é assumir uma atitude preventiva e o que pode ser feito, admite: "Não há resposta única. Tenho dito muitas vezes que a resposta a situações de crise de saúde mental tem quatro níveis e não apenas com o ter bons serviços de psiquiatria e de saúde mental. Isto não chega, o problema é muito mais vasto". O importante é todos percebermos isto.

Para começar, "é preciso que se continuem a fazer esforços para que se aumente na população o nível de literacia em saúde mental. Até agora, e durante a pandemia, houve uma grande intervenção por parte dos media nesta área, que colocaram a questão na sua agenda, e isso é de louvar". O segundo nível "é manter as estruturas da comunidade em alerta", sobretudo as empresas, porque se há situação importante a acautelar é a da saúde mental em meio laboral. As empresas têm de ter consciencialização de alguns riscos, dos problemas que certas tomadas de posição podem ter na saúde mental dos trabalhadores", recordando até que muito recentemente "a Direção-Geral da Saúde publicou um documento sobre como abordar o risco psicossocial em meio laboral. Tem de haver mais sensibilização das empresas para a questão da saúde mental. Há países que investem muitíssimo há anos na prevenção dos problemas psicológicos em meio laboral, porque perceberam que têm o retorno desse investimento em produtividade e em motivação".

Miguel Xavier reforça mesmo: "É importante que as nossas empresas comecem a incorporar esta perspetiva. Bastava, por exemplo, e como quase todas as empresas têm medicina do trabalho, porque é obrigatório por lei, incluíssem nesta atividade uma avaliação psicológica para poderem detetar fatores de risco em relação à saúde mental dos colaboradores. Além da avaliação somática habitual é cada vez mais crucial que se junte uma avaliação psicológica para a deteção de fatores de risco em relação à saúde mental", para as detetarmos precocemente. Na opinião do médico, isto evitaria muitas situações que evoluem depois para formas mais graves, já para doença mental, com a consequência das baixas e do absentismo.

O psiquiatra argumenta que as duas áreas mais importantes na prevenção da saúde mental são o meio laboral e as escolas, porque aqui se pode determinar à partida uma sociedade mais resiliente. Mas para tal acontecer, Miguel Xavier assume: "Há que fazer um reforço significativo de psicólogos nas equipas de medicina de trabalho e nas escolas, porque não podemos pedir, por exemplo, aos professores que ainda façam de psicólogos para além de todas as suas tarefas. E isto é absolutamente necessário para termos uma sociedade mais resiliente, porque é aqui que podemos ter sinais de alarme de perturbações e resolvê-los precocemente".

Destaquedestaque"É preciso deixar de pensar em doença mental para se pensar em saúde mental".

É nestes espaços que podem ser detetados alterações de comportamento, desmotivação, isolamento, etc, que mais tarde podem resultar num quadro de perturbação psicológica. "Se estes sinais forem detetados precocemente muito pode ser evitado. Este é o segundo nível de abordagem para a resolução dos problemas de saúde mental. Só depois, vêm então os serviços de saúde, como os cuidados primários, no terceiro nível, e, por fim, os cuidados hospitalares para quem desenvolve doença mental".

No âmbito do PNSM, o médico sublinha que está a ser feito um trabalho de sensibilização junto das autarquias. "Começou na área de Lisboa, mas gostaríamos que se estendesse ao país. Imagine que daqui a uns anos Portugal tem todos os trabalhadores autárquicos sensibilizados para a questão da saúde mental? Isto pode começa a mudar tudo. E não são precisos grandes investimentos só é preciso termos pessoas numa sala a falar durante uma hora sobre saúde mental e o que se deve fazer".

Como diz, daqui a uns tempos estas ações irão começar a dar frutos, comparando mesmo a situação com a de outra especialidade. "É como na cardiologia, não podemos esperar que a saúde cardiológica de um povo esteja só dependente de termos só bons serviços de saúde. É preciso que as pessoas percebam a importância do exercício físico, dos hábitos alimentares, etc. Na saúde mental é o mesmo. Primeiro é preciso prevenir os problemas e só depois tratá-los nos cuidados primários ou nos serviços de psiquiatria em caso de doença mental".

A forma como está organizada uma sociedade e os apoios sociais que tem, a forma como está organizada a escola, as empresas, as instituições públicas é absolutamente crucial para a saúde mental de uma população. Hoje, "sabemos que os países que têm uma segurança social mais forte têm um impacto menor em crises da saúde mental. É por isto que defendo que Portugal tem de passar a ter em linha de conta a questão da saúde mental quando está a planear e a desenvolver políticas laborais, de segurança social ou educacionais".

Para rematar, Miguel Xavier considera que este ano e meio de pandemia trouxe-nos algumas lições importantes. "A primeira é o impacto que uma crise destas tem na saúde mental. Ainda não há nenhum estudo epidemiológico que mostre qual foi o impacto porque é necessário algum tempo para avaliar todos os dados. Sabemos que durante os períodos de confinamento houve um agravamento das situações de sofrimento psicológico, depressão, ansiedade, insónia. Mas foram situações que com o desconfinamento estabilizaram, o que mostra que, na sua maioria, foram perturbações de adaptação, de ajustamento à realidade". Uma outra lição é a de que "a saúde mental estava escondida e com a pandemia deixou de estar, já não a podemos ignorar. Foi um ganho para o futuro".

Como médico, psiquiatra e diretor nacional de um programa que tem vindo a avançar,"a pandemia trouxe-nos ainda a oportunidade que há muito não tínhamos, que é a de termos uma população mais sensibilizada, um governo que considera a saúde mental uma prioridade e a termos, pela primeira vez, financiamento para atuar. Estas três coisas juntas dão-nos a garantia de que poderá haver mudanças nesta área a curto e médio prazo".

O Serviço Nacional de Saúde vai receber do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) 1,3 mil milhões de euros para reforçar a sua capacidade em várias áreas. A Saúde Mental terá 85 milhões e as apostas vão para a criação de equipas comunitárias de forma a melhorar o acesso dos doentes aos serviços de saúde nesta área. Neste momento, já há dez e vão ser criadas mais 30 em três anos, diz ao DN o diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Miguel Xavier.

Para a requalificação de instalações de 20 serviços de psiquiatria no país, para a construção de unidades de internamentos forenses, para a criação de unidades forenses de transição para a comunidade, para a criação de unidades de internamento em hospitais gerais. Mas, nesta área, e já fora do PRR, a Saúde irá investir no aumento da rede de cuidados continuados para doentes do foro psiquiátrico e desenvolver programas de promoção e de prevenção da Saúde Mental.

Miguel Xavier diz mesmo que esta aposta foi a última a ser referida mas é das mais importantes porque sem este trabalho cultural e de sensibilização junto da população, empresas, escolas, instituições públicas, etc, não se conseguirá mudar o estigma que ainda envolve a área.


A mudança é necessária, até porque, alguns dados disponibilizados ao DN sobre o impacto da pandemia nos portugueses revela de janeiro a agosto de 2019 e de 2021 o número de primeiras consultas de psiquiatria na infância e juventude passou de 12 174 para 14 051. O diretor do PNSM diz que este aumento pode não significar nada. Ou então, pode significar que houve mais acesso para mais pessoas através da ação das equipas comunitárias". Em 2020, o total de primeiras consultas, e devido à pandemia, baixou para 10 336. Em relação aos adultos, os números de primeiras consultas relativamente ao mesmo período homólogo manteve-se quase inalterável de 58 426 para 58 515.

Em relação aos gastos com medicamentos, dados disponibilizados pelo Infarmed revelam que no mesmo período homólogo, entre janeiro e junho, de 2020 e 2021, houve um aumento de dois milhões de euros. Em 2020, o total de gastos com medicamentos ansiolíticos e antidepressivos foi de 33 892 026 euros e em 2021 foi de 35 897 106 euros.

Em 2019, o total de gastos no ano inteiro ascendeu os 60 milhões de euros. Sobre os gastos Miguel Xavier refere também não serem significativos, porque "essa diferença de dois milhões pode ter a ver apenas com o aumento de preço de alguns dos medicamentos".

O número de notícias sobre Saúde Mental mais do que triplicou relativamente ao período pré-pandemia. Um estudo realizado em parceria com a empresa Cision e o Manicómio, projeto de Arte para desmistificar a doença mental, registou que, em 2019, houve um total de 12 603 artigos sobre este tema nos media portugueses, mas que em 2020, com a pandemia, houve um crescimento exponencial para 24 750 notícias. Em 2021, e até 30 de setembro, o número de artigos publicados já ia em 26 415. Ou seja, em comparação com o ano de 2019, os trabalhos informativos sobre Saúde Mental em 2021 tiveram um aumento de 326%, e em relação a 2020 de 159%.

Na conversa com o DN, o diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental admite que os media têm tido um papel fundamental na sensibilização da população nesta área.

Para o fundador do projeto de Arte, Manicómio, Sandro Resende, tais dados "demonstram que a saúde mental passou a ser um dos principais tópicos nos media, um tema que foi acelerado pelas consequências imediatas da pandemia. Acreditamos que é urgente que, de futuro, o mesmo tópico seja acompanhado não só pelo lado negativo do flagelo, mas abordando também o lado positivo, o lado da criatividade, da capacidade humana e das medidas de combate ao estigma. É inevitável afirmar que em 2021 há mais portugueses que sofrem deste tipo de doenças, mas também há mais portugueses que a combatem usando ferramentas que a sociedade dispõe. O governo e sociedade deveriam dar as mãos no combate à doença, e na nossa perspetiva, principalmente ao estigma da doença mental".

De acordo com dados publicados pela Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e de Saúde Mental, 12% das doenças em todo o mundo são do foro mental, valor que sobre para os 23% quando se trata de países desenvolvidos. Em Portugal, estima-se que mais de um quinto da população sofre de uma perturbação psiquiátrica.

No Mundo
• As perturbações por depressão são a terceira causa de carga global de doença (primeira nos países desenvolvidos), estando previsto que passem a ser a primeira causa a nível mundial em 2030, com agravamento provável das taxas de suicídio e para suicídio.
• Cinco das dez principais causas de incapacidade e de dependência psicossocial são doenças neuropsiquiátricas: depressão (11,8%), problemas ligados ao álcool (3,3%), esquizofrenia (2,8%), perturbação bipolar (2,4%) e demência (1,6%).1

Na Europa
• 165 milhões de pessoas são afetadas por uma doença ou perturbação mental anualmente.
• Apenas um quarto dos doentes com perturbações mentais recebe tratamento e só 10% têm tratamento considerado adequado.
• As doenças e as perturbações mentais tornaram-se, nos últimos anos, na principal causa de incapacidade e numa das principais causas de morbilidade nas sociedades.

Em Portugal
• Mais de um quinto dos portugueses sofre de uma perturbação psiquiátrica (22,9%).
• Portugal é o segundo país com a mais elevada prevalência de doenças psiquiátricas da Europa, sendo apenas ultrapassado pela Irlanda do Norte (23,1%).
• Entre as perturbações psiquiátricas, as perturbações de ansiedade são as que apresentam uma prevalência mais elevada (16,5%), seguidas pelas perturbações do humor, com uma prevalência de 7,9%.
• As perturbações de controlo dos impulsos e as perturbações pelo abuso de substâncias registam taxas de prevalências inferiores, respetivamente, com 3,5% e 1,6% de prevalência.
• Cerca de 4% da população adulta apresenta uma perturbação mental grave, 11,6% uma perturbação de gravidade moderada e 7,3% uma perturbação de gravidade ligeira.
• As perturbações mentais e do comportamento representam 11,8% da carga global das doenças em Portugal, mais do que as doenças oncológicas (10,4%) e apenas ultrapassadas pelas doenças cérebro-cardiovasculares (13,7%).

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