Um cigarro na mão, um cocktail Old Fashioned na outra. Assim nos habituámos a ver Don Draper durante os oito anos de Mad Men. Na ficção, o protagonista da série dramática sobre o mundo publicitário de Nova Iorque na década de 1960, com um passado conturbado e com problemas alcoólicos. Nesta última parte, um cenário não muito diferente da vida real de Jon Hamm, que terminou recentemente um tratamento para a dependência alcoólica ao longo de 30 dias numa clínica de reabilitação em New Cannan, em Connecticut, EUA.."Com o apoio da sua companheira de longa data, Jennifer Westfeldt, Jon Hamm terminou recentemente um tratamento para a sua luta contra a dependência alcoólica. O casal pediu privacidade e sensibilidade nesta fase em que quer seguir em frente", lê-se no comunicado enviado pelo porta-voz do ator norte-americano de 44 anos, tendo sido o próprio a tomar a iniciativa de dar entrada na clínica de reabilitação..Ainda que por escassas vezes, o protagonista da aclamada série de época já tinha abordado o seu consumo de álcool em entrevistas, mas nunca deu a entender que se tratava de um vício. Ao falar sobre as semelhanças e diferenças entre si e Don Draper, o ator explicou: "Eu não bebo tanto como o Don. Estaria sempre inconsciente se o fizesse", disse ao jornal Daily Mail em 2012, enquanto saboreava um copo de whisky..A saída de Jon Hamm da clínica de reabilitação surge poucos dias antes da estreia da segunda parte da sétima e última temporada de Mad Men, que chega aos EUA a 5 de abril (em Portugal ainda não há data de estreia). O que quer dizer que as próximas duas semanas deverão ser caóticas para Hamm, como são normalmente os dias de promoção que antecedem a estreia de uma série. Luís Patrício, psiquiatra responsável pela Unidade de Adictologia e Patologia Dual da Casa de Saúde de Carnaxide, adverte que esta pode ser uma situação perigosa. "O facto da pessoa voltar a trabalhar é entusiasmante. Há pessoas que recebem alta e passado uns dias já estão de volta ao ativo. Depende do paciente. Mas se estamos a falar de uma carga brutal de trabalho, isso aumenta o nível de stress e pode aumentar o risco de voltar a beber", diz ao DN..Leia mais na edição impressa ou e-paper do DN