Na estrada para conquistar 50 mil a aderir ao negócio eletrónico
O roteiro começou hoje em Leiria, segue para Braga, Aveiro e só depois segue para grandes cidades como o Porto, ou Lisboa.
A ideia é fazer ao todo 150 paragens pelas diferentes regiões do pais e ajudar boa parte das pequenas e micro-empresas a desmaterializar processos na atividade quotidiana e a criar o seu próprio espaço na internet, seja loja, mail, blog, etc.
Mais de três quartos dos portugueses já faz compras online. A China lidera em volume de compras e na escolha de produtos por parte dos portugueses, desde vestuário, aos artigos para lar e perfumaria, segundo o último estudo da associação que representa o comércio eletrónico, relativo a 2018.
Também está a crescer a procura na área dos serviços de transportes, férias e bilhética de desporto e cinema, enquanto o agro-alimentar também começa a aparecer nas estatísticas.
Mas há um longo caminho a percorrer, pois apenas 41% das empresas portuguesas estão online. O que significa que, cerca de 60% não tem sequer página na internet e é para essas empresas que se dirige este programa, ao qual foi alocado 1,2 milhões de euros como confirmou o ministro da economia, Pedro Siza Vieira, interpelado pelos jornalistas, no final da sua intervenção.
Nesta altura, cerca de 74% dos portugueses utiliza a internet, mas são poucos mais velhos que acedem às ferramentas digitais.
Ao nível de estrangeiros, cada potencial turística acede à internet em media, 400 vezes antes de tomar a decisão sobre viagens e férias e a maioria fá-lo via smartphone. Aliás, a procura através de telemóvel cresceu cerca de 50% de acordo com alguns dados revelados por Alexandre Nilo da Fonseca, presidente da ACEPI - Associação da Economia Digital.
João Vieira Lopes, presidente da CCP apelou a mais investimento no setor, aproveitado a presença em sala de três governantes, ministro da economia, secretária de estado do turismo e secretário de estado adjunto e do consumidor, para apelar ao executivo a criação de mais estímulos financeiros, pelo peso que este já representa na economia portuguesa.
Vieira Lopes denunciou a diminuição de verbas no último quadro comunitário de apoio e no atual, para um setor que já emprega mais de 700 mil pessoas. Mas considera positivo o projeto agora lançado e afirmou que "espera que este seja o primeiro dia de uma nova visão". Considerando que o próprio movimento associativo tem dificuldade de assimilar estas dinâmicas, mas todos juntos darão contributo à competitividade do país".
Para aumentar o nível de digitalização das empresas em Portugal, até, destas sessões de esclarecimento pelo pais, vai haver ainda vouchers com oferta de ferramenta de site, email e domínio gratuito por um ano e uma academia digital, que não é mais que um site, no qual se podem dar todos os passos para a automação dos próprios sistemas empresariais.
Para operacionalizar este projeto já foi dada formação a cerca de 80 consultores de comércio eletrónico, a semana passada, em Fátima.
Os participantes como Pedro Machado, presidente região de turismo do centro realçam a criação de um site em apenas 15 minutos, como uma das vantagens, a somar ao aumento de vendas, melhoria de margens, redução de custos, expansão internacional, personalização de produtos e receitas 24 horas, 7 dias da semana, que o negócio online pode significar para quem não tem qualquer tipo de presença na internet.
A apresentação do projeto foi feita esta quarta-feira, no novo espaço do antigo mercado municipal de Leiria, batizado de teatro Miguel Franco.
A próxima sessão de esclarecimento dedicada a micro e pequenas empresas que se queiram digitalizar será dia 19 de fevereiro em Braga.
(Notícia retificada dia 8 de fevereiro de 2019 às 17:35)