Museu Carlos Machado "guardião" do recheio da casa de Natália Correia

Vestuário, mobiliário e uma coleção de arte integram o espólio da casa de Natália Correia em Lisboa, que o museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, tem à sua guarda, mas que pode ser disponibilizado temporariamente a outras instituições.
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A escritora e poeta Natália Correia nasceu na Fajã de Baixo, na ilha de S. Miguel, nos Açores, a 13 de setembro, mas fixou-se, com a mãe, em Lisboa, na década de 1930. Morreu aos 69 anos, no dia 16 de março de 1993, na sua residência em Lisboa, faz hoje 20 anos.

O diretor do Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, Duarte Melo, adiantou à Lusa que a instituição "tem à sua guarda todo o espólio da casa da escritora, em Lisboa", nomeadamente o recheio, tendo a seu cargo "a preservação" dos bens para posterior divulgação, mas conserva também a coleção de arte de Natália Correia.

"Foi feita uma revisão de todo o inventário e está a ser também devidamente acondicionado", revelou o responsável pelo Museu da maior cidade açoriana, indicando que a parte documental de Natália Correia "está na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada".

Entre o espólio da coleção de artes decorativas e mobiliário da casa de Natália Correia em Lisboa está uma cama, um fogão, uma cadeira, um guarda-fato, um esquentador, mas também peças de roupa, sapatos ou um chapéu, peças que "marcam a vivência da escritora".

"São peças que pertenciam a Natália Correia e vividas por Natália", frisou Duarte Melo, sublinhando que este espólio, embora à guarda do museu, "pode ser disponibilizado às instituições para que estas o possam trabalhar do ponto de vista cientifico", nomeadamente para exposições.

Duarte Melo recordou que já foi realizada "uma exposição que circulou pelas ilhas dos Açores, essencialmente com as pinturas e desenhos, mas também esculturas", que integram o espólio e mobiliário de Natália Correia.

O diretor do Museu Carlos Machado destacou ainda "o importante legado de pensamento e de beleza de arte" que Natália Correia deixou aos açorianos, sublinhando "o papel preponderante" da escritora na literatura, na poesia, e na politica "como mulher de ideias abertas e de futuro".

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