Segundo a vice-presidente da ANMP, Isilda Gomes (PS), a atual legislação do alojamento local serve os interesses dos municípios e os autarcas estão disponíveis para assumir maior responsabilidade no processo de decisão.."Uma lei geral, que seja limitativa, que seja imposta a todo o território da mesma forma, eu acho que é completamente errado. Ou há uma margem de manobra para que os autarcas possam adaptar a lei aos seus territórios ou então estamos, de facto, a dar uma machada no alojamento local", afirmou a também presidente da Câmara de Portimão..A vice-presidente da ANMP, que falava numa audição do grupo de trabalho da temática do alojamento local, criado no âmbito da comissão parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, defendeu a manutenção da comunicação prévia, porque mais burocracia "é fazer com que os cidadãos fujam do processo" e voltem ao arrendamento ilegal..Em relação à eventual autorização prévia das assembleias de condóminos para adaptação de frações habitacionais a alojamento local, Isilda Gomes apontou o exemplo de Portimão, onde prédios com mais de uma centena de proprietários, dos quais mais de metade são estrangeiros, "nunca vão conseguir encontrar-se"..Para a autarca, a ANMP não vê razões "para grandes alterações" na legislação e, "se há algumas áreas do país onde é preciso intervir", então seria de deixarem aos municípios a possibilidade de regular a atividade..O parlamento está a apreciar na especialidade cinco projetos de lei do PS, Bloco de Esquerda, PCP e PAN sobre o alojamento local, defendendo, na generalidade, a obrigatoriedade de uma autorização por parte da assembleia dos condóminos para o exercício da atividade.