Municípios portugueses disponibilizam casa, apoio escolar e verbas para receber refugiados
Ajudar quem deixa para trás tudo o que tem, quem foge de uma vida de medo não é novo. Em Portalegre vivem atualmente 20 refugiados. Não é por isso estranho que o concelho do Alto Alentejo, junto com os restantes 14 que fazem parte do distrito se tenham mostrado disponíveis para acolher no total até 150 pessoas. Não são caso único. Cerca de 30 autarquias e várias associações mostraram-se disponíveis para apoiar de várias formas o grupo de refugiados que chegar a Portugal.
"Já estamos a trabalhar com as várias instituições locais e o tema discutido em reunião de câmara. Tentamos que a integração seja feita a vários níveis, com apoio na língua portuguesa, trabalho, transportes, alojamento. Cada um dará um pouco para fazer que se sintam o melhor possível e integradas. O objetivo é que pudessem ficar permanentemente na região. Seria bom por questões multiculturais e também uma injeção num território que precisa de mais pessoas", disse Adelaide Teixeira, presidente da Câmara Municipal de Portalegre.
"Foram muitas as autarquias espalhadas pelo país que se mostraram disponíveis para acolher refugiados em casas ou em grupo. Matosinhos, por exemplo, procura um centro de acolhimento. Ainda há reuniões que estão a ser agendadas com câmaras. Todo este trabalho está a ser feito com coordenação governamental, com a intervenção da Plataforma de Apoio aos Refugiados, a nível local com várias instituições e autarquias. É preciso saber quantas pessoas virão, se há crianças e idades, se virão num só grupo ou em vários. Enquanto não se souber, este é mais um trabalho de planeamento do que ter tudo imediatamente pronto", explicou ao DN Mónica Farinha, do Conselho Português para os Refugiados.