"A posição da associação, naturalmente, não mudou. A associação tem uma posição decorrente do seu órgão máximo, de que não temos nada a opor se a fusão das freguesias for de iniciativa voluntária. Nada a opor, só nestas condições. Tudo aquilo que seja forçado, a associação está contra", disse o presidente da ANMP, Fernando Ruas..O também presidente da Câmara de Viseu salientou que a ANMP sempre defendeu que o processo "deveria começar e acabar nas Assembleias Municipais"..A Reorganização Administrativa extingue 1.165 freguesias em 230 concelhos, grande parte delas por proposta de uma Unidade Técnica que funcionou junto da Assembleia da República, porque muitas assembleias municipais, a quem cabia decidir sobre a fusão de juntas, não se pronunciaram ou fizeram-no indevidamente, como forma de protesto contra esta lei.."Quanto mais estes processos se definirem próximo do ato eleitoral, naturalmente causam ruído e não contribuem nada para que o ato decorra nas melhores condições", salientou, referindo-se às eleições autárquicas previstas para outubro..Cavaco Silva promulgou a lei sobre a Reorganização Administrativa do Território das Freguesias e enviou uma mensagem à Assembleia da República, informou hoje a Presidência da República..Na mensagem dirigida à presidente da Assembleia da República, divulgada na página internet da Presidência da República, o chefe do Estado começa por lembrar que as alterações previstas no diploma "têm implicações em mais de duas centenas de municípios e reduzem em mais de mil o número de freguesias".."Em face desta alteração profunda no ordenamento territorial do País, com implicações aos mais diversos níveis - e, designadamente, na organização do processo eleitoral -, considero que deverão ser tomadas, com a maior premência, todas as medidas políticas, legislativas e administrativas de modo a que as eleições para as autarquias locais, que irão ter lugar entre setembro e outubro deste ano, decorram em condições de normalidade e transparência democráticas, assegurando quer o exercício do direito de voto e de elegibilidade dos cidadãos nos termos previstos na lei, quer a total autenticidade dos resultados eleitorais", escreve Cavaco Silva.