Mulheres contra venda de 'lingerie' por homens
Comprar umas cuecas ou um sutiã pode ser um verdadeiro tormento ou embaraço para as sauditas, que em lojas de 'lingerie' são atendidas por homens e não podem experimentar a roupa porque não há gabinetes de prova.
Por isso, na terça-feira, foi lançada por 50 mulheres uma campanha a favor do atendimento feminino neste tipo de estabelecimentos, algo que está previsto por lei há três anos.
Só que a lei ficou "na gaveta", em parte devido a princípios religiosos, que impedem as mulheres de trabalharem em lojas situadas em ruas frequentadas por homens.
Por outro lado, os homens, que asseguram hoje o atendimento em grande parte das lojas, ficariam desempregados. Mas eles, que coram quando falam no assunto, estão do lado delas e acham que a 'lingerie' feminina deve ser vendida por mulheres.
Até para evitar transtornos como os de Modie Batterjee, uma das promotoras do boicote ao atendimento masculino nas lojas de roupa íntima e que tem de comprar "sutiãs" com o tamanho do 32 a 38 porque não os pode experimentar.
Já Huda Batterjee foi mais longe: foi ao vizinho Dubai comprar a 'lingerie' de casamento para evitar a humilhação de ter que discutir as suas "formas" com um homem.
ER.
Lusa/Fim