Mulher que se fez passar por homem para ter sexo com amiga recorre de condenação

Jovem de 26 anos foi condenada a oito anos de prisão por abusar sexualmente da amiga em novembro do ano passado
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Uma mulher inglesa que foi condenada a oito anos de prisão por abusar sexualmente de uma amiga, fazendo-se passar por um homem para ter sexo com ela, vai recorrer da decisão do tribunal.

A vítima fez queixa depois de ter descoberto, em 2013, que o homem com quem tinha mantido uma relação nos últimos dois anos, e com quem tinha feito sexo 10 vezes, era na verdade a amiga Gayle Newland, de 26 anos.

Newland foi condenada a oito anos de prisão em novembro do ano passado. Na altura o tribunal considerou que ela era "inteligente, obsessiva, muito manipuladora" e que tinha, de facto, enganado a amiga. Mas a jovem continua a declarar-se inocente e garante que a vítima sabia que ela estava a fingir ser um homem.

Segundo o que foi exposto em tribunal pela acusação, o caso entre as duas começou em 2011, quando se conheceram através da rede social Facebook. Na altura, Newland apresentou-se como sendo um homem chamado Kye Fortune. As duas desenvolveram uma relação virtual sem nunca se encontrarem pessoalmente, uma vez que que Fortune alegava que tinha tido um acidente e que tinha cancro.

Newland entrou na vida da vítima pouco tempo depois, apresentando-se como amiga de Fortune, e as duas tornaram-se amigas também.

Quando Fortune aceitou finalmente encontrar-se com a namorada, em 2013, num hotel de Chester, perto de Manchester, pediu-lhe que usasse uma venda, argumentando que tinha complexos em relação às cicatrizes deixadas pelo acidente e pelo cancro. Este foi o primeiro de vários encontros, entre fevereiro e junho de 2013, sempre nas mesmas condições, que supostamente ocorriam em breves saídas do hospital onde Fortune estava internado. Mas no último encontro a mulher tirou a venda e encontrou a amiga. Newland terá usado ligaduras e brinquedos sexuais para se disfarçar e manter uma relação com a amiga.

Segundo os relatos em tribunal, as duas passaram mais de 100 horas juntas, em encontros que por vezes incluíam apenas ver televisão ou apanhar sol, mas sempre com a vítima vendada.

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