Mulher do cineasta assassinada há 40 anos

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Susan Atkins, falecida no dia 24, seria uma ilustre desconhecida se não tivesse entrado para a história como a algoz da jovem actriz americana Sharon Tate.

Atkins era membro de uma seita semi-religiosa liderada por Charles Manson e terá sido ela a desferir dezenas de facadas no corpo de Tate, então grávida de oito meses e casada com o realizador Roman Polanski.

O assassínio da actriz entrou para os anais da história criminal norte-americana, pela sua violência e pelo facto de ter sido levado a cabo por uma seita liderada por um ex-presidiário que dizia ser a encarnação de Jesus Cristo e ter uma especial obsessão pelos Beatles.

Na noite de 9 de Agosto de 1969, o grupo entrou na casa de Rosemary e Leno LaBianca assassinando todas as pessoas que lá se encontravam, inclusive Sharon Tate. Na parede da casa, com o sangue das vítimas, foram escritas, entre outras, as palavras Helter Skelter, título de uma canção dos Beatles.

O grupo acabou por ser detido e condenado à morte, pena que entretanto foi transformada em prisão perpétua. Todos continuam presos, excepto Susan Atkins já falecida e Linda Kasabian, a única que não foi julgada e depôs contra os companheiros.

Quando foi assassinada, Sharon Marie Tate tinha apenas 26 anos. Começou por ser modelo e apareceu pela primeira vez no cinema em 1967, ao lado de Claudia Cardinale e Tony Curtis, tendo depois participado no filme de Polanski Por Favor não me Morda o Pescoço. Este encontro resultou no casamento de ambos, em Janeiro de 1968, em Londres. A união gerou polémica, uma vez que o realizador era conhecido por ter uma vida amorosa agitada.

Na noite em que a família Manson assassinou Tate, Polanski encontrava-se em Londres a realizar um filme e devia voltar a tempo do nascimento do filho.

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