Muçulmanos: Islão desaconselha visita regular das mulheres aos cemitérios

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Lisboa, 16 Abr (Lusa) - A presença de mulheres muçulmanas nos funerais da sua comunidade não está formalmente proibida mas o xeque David Munir afirma que o islamismo aconselha a que fiquem "em casa ou na mesquita, a rezar".

"São os homens quem acompanha os funerais de outros homens e também os das mulheres e os das crianças", explicou à agência Lusa o imã da Mesquita Central de Lisboa.

De acordo com o xeque David Munir, "não é que a presença das mulheres seja proibida mas, culturalmente, não é comum".

Também o acto de visitar a campa dos entes falecidos não é prática feminina, sendo aconselhado que a mulher o faça "na companhia do marido ou do irmão" e havendo mesmo teólogos que dizem "que ela não pode ir", de todo.

Embora não seja favorável a uma restrição tão vigorosa, o líder religioso considera que a deslocação das mulheres ao cemitério deve visar apenas a percepção "de que aquele é também o seu destino, a sua verdadeira casa".

"As mulheres não devem ser frequentadoras de cemitérios, pois têm muito a tendência de chorar e, no Islão, chorar constantemente por aqueles que nos deixaram não é recomendável", assinalou.

Aliás, a religião muçulmana não tem "um luto determinado", declarou o imã, indicando que "o Profeta recomendou que, ao terceiro dia após a morte de uma pessoa, a sua família comece a trabalhar" e deixe de receber condolências.

HSF.

Lusa/fim

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