Movimento contra parque subterrâneo no Rossio de Aveiro reafirma ser apartidário

O "Movimento Juntos pelo Rossio" repudiou hoje declarações do presidente da Câmara de Aveiro, José Ribau Esteves, que "põe em causa a independência" daquele movimento cívico, e rejeita qualquer conotação partidária, tendo como único objetivo esclarecer a população.
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Aquele movimento, que se opõe à construção de um estacionamento subterrâneo no Jardim do Rossio, no centro da cidade de Aveiro, diz que as declarações de Ribau Esteves, referindo que o Outdoor usado pelo Movimento é pago pelo PS, visam "desviar novamente a atenção perante o facto de que os argumentos técnicos que apoiam porque os argumentos técnicos do atual estudo prévio são frágeis e o apoio da sociedade civil relativamente ao projeto de requalificação do Jardim do Rossio, com um parque de estacionamento subterrâneo, ser quase inexistente".

Em comunicado enviado à Lusa, o movimento manifesta "total disponibilidade para a discussão aberta à Cidadania e democracia participativa do projeto de requalificação Do Jardim do Rossio, sem ideias pré concebidas e nos moldes de ser o único Jardim existente de toda a Vera Cruz".

Rebatendo a acusação de motivações partidárias, os responsáveis pelo "Juntos pelo Rossio" garantem que o que os move "é esclarecer a população, comércio e investidores, sobre o projeto proposto e as consequências a ele associadas".

"Damos voz à população, onde 600 cidadãos conseguiram estar presentes na última manifestação. Damos Corpo aos cerca de 600 postais de Natal enviados ao presidente da Câmara Municipal de Aveiro e que nunca tiveram qualquer tipo de resposta, e representamos e unificamos a população que na rua, na imprensa local e nas redes sociais com mais de 3500 seguidores, demonstram o seu constante descontentamento, face a um projeto que é estrategicamente errado e que nunca foi pensado na sua génese para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos de Aveiro e das gentes do Rossio", refere o comunicado.

O movimento alega que as suas posições partilham "a vontade e opinião do comércio local, bares, alojamento, restaurantes e empresas de serviços turísticos que, em reunião em sede própria, demonstraram na sua quase unanimidade a objeção total a este projeto".

Relativamente ao argumento do presidente da Câmara de impossibilidade dos terrenos da antiga lota poderem ser utilizados para estacionamento, por serem terrenos do domínio privado da administração do Porto de Aveiro", o Movimento assinala que já existe um parque de estacionamento de autocaravanas na zona, com espaço para cerca de 120 lugares para automóveis, e um terreno para apoio a obras camarárias, espaços esses que sempre foram responsabilidade da Câmara de Aveiro".

Relembra ainda que Ribau Esteves, numa entrevista em setembro, referiu um acordo informal alcançado com a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, no sentido de a Câmara vir a receber os terrenos da zona da antiga lota "por acordo de cedência de uso", "com plenos deveres e Obrigações para que o município faça investimentos de manutenção básica e conquista de investidores".

O Movimento salienta a "disponibilidade de mais de dois mil lugares em cinco parques estacionamento subterrâneo existentes, a uma distância máxima de 9 minutos a caminhar, sendo que 1500 desses lugares estão a cerca de 5 minutos".

"É conhecida publicamente a subutilização destes espaços, ao que não se compreende esta opção estratégica Para a cidade", conclui.

Lusa / Fim

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