Morte mancha Carnaval
O maior Carnaval do mundo está a ser manchado por uma série de acidentes, provocados por cabos eléctricos e vagas de criminalidade. O caso mais dramático resultou na morte da vocalista da banda Doce Desejo.
Na madrugada de domingo, três horas depois de ter caído de um trio eléctrico na Vila dos Cabanos, perto de Belém do Pará, Brasil, Cinthia de Cássia Silva do Rosário, de 28 anos, foi vítima de um traumatismo crânio-encefálico.
Quando o autocarro se passeava pela localidade embateu num cabo de telefone, que ficou preso na frente do veículo. O fio partiu-se e atingiu as costas da cantora, que se desequilibrou e foi embater de cabeça no chão. Um outro cantor do grupo musical também caiu, sofrendo apenas ferimentos ligeiros.
O coordenador de outro bloco carnavalesco revelou que antes da morte da cantora, o mesmo cabo provocou um incidente idêntico com outro trio eléctrico.
Estes não foram os únicos acidentes. Também no domingo, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, um carro alegórico da escola da Imperatriz de Olaria bateu num fio de alta tensão. Duas pessoas foram electrocutadas e caíram. De acordo com uma fonte dos bombeiros, as vítimas sofreram ferimentos graves.
Já na Baia, foi a violência que teve lugar de destaque no Carnaval. Foram detidas mais de 700 pessoas desde sábado, em incidentes relacionados com os festejos, como divulgou ontem o Centro de Documentação e Estatística Policial do Estado. Registaram-se 903 ocorrências, sendo a maioria referente a furtos e lesões corporais. No Rio de Janeiro, a polícia ainda não divulgou o balanço sobre a criminalidade.