A morte de Heath Ledger - o actor de 28 anos que, na passada terça-feira, foi encontrado morto no seu apartamento de Nova Iorque - está a comprometer a promoção do seu último filme, The Dark Knight, sequela de Batman cuja estreia nos EUA está prevista para 18 de Julho..Ledger tem um dos papéis principais, o de Joker, e os primeiros trailers e cartazes do filme , realizado por Christopher Nolan, apresentam-no "irreconhecível debaixo de uma maquilhagem de pesadelo", indicando que deu à personagem "uma dimensão sem precedentes", escreve a AFP..As imagens promocionais de The Dark Knight já foram vistas no You Tube por mais de sete milhões de utilizadores de Internet, acrescenta a AP. E o excerto de uma entrevista do actor acerca deste papel, também disponível no You Tube, teve mais de um milhão de visitas..Precisamente por isso, a situação é delicada para a Warner Brothers: como vender este blockbuster de Verão, orçado em 150 milhões de dólares, sem dar a ideia de que se está a lucrar com a tragédia e a explorar a curiosidade mórbida do público?.O estúdio ainda não se pronunciou sobre o assunto. Mas Hollywood já comenta o caso, uma vez que toda a campanha promocional gira em torno de Joker, não de Batman (interpretado, de novo, por Christian Bale).."A Warner está numa posição difícil. Inicialmente queriam capitalizar com o burburinho que rodeou a performance de Heath. Agora, vão ter de virar 180 graus", disse àAFP Jeff Bock, analista da Exibitor Relations. A morte do actor australiano ensombra um dos maiores títulos de Hollywood, que rendeu 1,6 mil milhões de dólares nos cinco filmes anteriores, recorda Jeff Bock..Lew Harris, director do site movies.com, é da opinião que a imagem de Ledger nos cartazes deve ser substituída pela de Christian Bale, porque seria perturbador ver o seu rosto a promover o filme nas ruas. Já Stuart Levine, editor adjunto da Variety, considera que apagar o actor da campanha seria "um erro", porque neste filme as pessoas querem é ver como Ledger interpreta Joker..Qualquer mudança de rumo na promoção seria mal recebida, afirmou ao The Wall Street Journal o responsável de um estúdio concorrente da Warner, sob anonimato. Concluindo que "o melhor que podia acontecer era continuar o marketing e a campanha não se transformar numa cerimónia fúnebre".| Com agências