Morreu o realizador Paulo Rocha

O cineasta português Paulo Rocha, autor do filme "Os Verdes Anos" (1963), morreu hoje, aos 77 anos, disse à Lusa uma familiar do realizador.
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Paulo Rocha estava hospitalizado num hospital privado da zona do Porto e "morreu esta manhã", acrescentou a mesma fonte.

Com uma carreira de 50 anos, Paulo Rocha tinha acabado de fazer 77 anos, no dia 22 de dezembro., disse à Lusa uma familiar do realizador.

Nascido no Porto a 22 de dezembro de 1935, Paulo Rocha foi fundador do movimento estético designado como "Cinema Novo".

"Verdes Anos" (1963), "Mudar de Vida" (1966), "A Pousada das Chagas" (1972), "A Ilha dos Amores" (1982), "A Ilha de Amorais" (1984), "O Desejado" (1988), "Máscara de Aço Contra Abismo Azul" (1989), "O Rio do Ouro" (1998), "A Raiz do Coração" (2000), "As Sereias" (2001) e "Vanitas" (2004) são alguns dos títulos do cineasta.

Paulo Rocha assinou também dois ensaios fílmicos consagrados a Manoel de Oliveira e a Shohei Imamura, integrados na famosa série "Cinéastes de Notre Temps".

Depois de uma passagem pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, partiu para França, onde estudou cinema no Institut des Hautes Études Cinématographiques e obteve um diploma de realização.

Foi assistente do francês Jean Renoir em "Le Caporal Épinglé" (1962) e do português Manoel Oliveira no "Ato da Primavera" (1963) e em "A Caça" (1964).

Foi com "Verdes Anos" que Paulo Rocha se estreou na realização.

Paulo Rocha foi ainda diretor do Centro Português de Cinema, de 1973 a 1974.

Entre 1975 e 1983, foi adido cultural da Embaixada de Portugal em Tóquio, onde se apaixonou pela vida e obra de Wenceslau de Moraes, tema da sua longa-metragem "A Ilha dos Amores" (1982).

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