Morreu o maestro austríaco Nikolaus Harnoncourt aos 86 anos

O conde Nikolaus de la Fontaine und d'Harnoncourt-Unverzagt nasceu em Berlim em 1929
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O prestigiado chefe de orquestra austríaco Nikolaus Harnoncourt morreu no sábado aos 86 anos de doença, informou hoje a sua família, citada pela agência noticiosa APA. O maestro austríaco tinha anunciado em dezembro a retirada profissional devido a problemas de saúde.

"Nikolaus Harnoncourt morreu serenamente rodeado da sua família. A pena e agradecimento são grandes. Foi uma relação maravilhosa", assinalou a mulher, Alice Harnoncourt, num curto comunicado.

Harnoncourt foi um descobridor, "que formou gerações de descobridores, fossem eles colegas artistas ou simples melómanos", escreveu Bernardo Mariano no DN pela ocasião do anúncio da retirada.

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Thomas Angyan, diretor da famosa sala de concertos Musikverein de Viena, da qual o maestro Harnoncourt era sócio honorário, expressou a consternação do mundo da música. "Uma era chegou ao fim", lamentou. "Nunca esperei que entre a sua retirada do mundo dos concertos e a sua morte houvesse um período tão curto", disse à APA. "Ele era o original do seu original (...) Devemos continuar o legado musical que nos deixa", adiantou.

Veja um vídeo de Harnoncourt a dirigir a Filarmónica de Viena:

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O conde Nikolaus de la Fontaine und d'Harnoncourt-Unverzagt nasceu em Berlim em 1929, mas passou a sua infância na cidade austríaca de Graz, onde muito anos depois criou o festival Styriate, que se realiza anualmente.

Foi violoncelista da Sinfónica de Viena e professor de Interpretação na Universidade Mozarteum de Salzburgo.

O Concentus Musicus Wien, criado por Harnoncourt quando tocava violoncelo na Sinfónica de Viena, dedicou-se à interpretação de música barroca europeia em instrumentos de época e a partir de numerosos projetos de investigação, ajudando a revolucionar a interpretação desta música.

Veja um vídeo do Concentus Musicus Wien:

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Como maestro trabalhou com os principais solistas e orquestras europeias e o seu trabalho discográfico abarca óperas, oratórias e obras sinfónicas dos séculos XVIII e XIX.

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