Morreu o desenhador de luz e músico Orlando Worm
Worm, cuja actividade está ligada à requalificação de vários teatros no país, foi desenhador de luz e antigo director técnico de palcos como o Centro Cultural de Belém, e dos Teatros Camões e São Carlos, em Lisboa.
O técnico faleceu no Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa, quarta feira, vítima de doença prolongada, disse à Lusa a mesma fonte.
O corpo de Orlando Worm vai estar a partir das 16:30 de hoje na capela de S. Miguel, em Sintra, de onde sairá sexta feira o funeral, pelas 10:30, para o Cemitério de Colares.
O técnico foi homenageado a 22 de maio com um espectáculo no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, pelos seus 50 anos da carreira.
Com Graça Barroso e Vasco Wellenkamp, Worm fundou em Fevereiro de 2008 a CPBC. O seu percurso, sempre ligado aos palcos, envolveu as funções de técnico e desenhador de luz de muitas criações de dança, música e ópera.
Foi ainda músico e cantor do Coro Gulbenkian, Grupo de Música Antiga de Lisboa, Grupo de Música Contemporânea e dos Segréis de Lisboa.
Orlando Worm iniciou a carreira como técnico de palco no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, em 1956. Em 1963 começou a trabalhar na Fundação Calouste Gulbenkian, tendo ainda colaborado em várias produções artísticas em palcos europeus, norte-americanos, africanos e brasileiros.
Worm trabalhou com vários encenadores e coreógrafos, entre eles, Luís Miguel Cintra, Barberio Corsetti, Mario Feliciano, Clara Andermatt, Tito Celestino da Costa, Vasco Wellenkamp Ricardo Pais, Richard Cottrell e Graça Lobo.
Em 1983 recebeu o Prémio Nacional da Imprensa e, em 2006, o Prémio Luzboa para o Melhor desenhador de luzes.