Morreu aos 92 anos o escritor de ficção científica Brian Aldiss

O escritor britânico de ficção científica Brian Aldiss morreu na sua casa, em Oxford, no Reino Unido, no sábado, aos 92 anos, anunciou hoje a família do autor de obras como "Vida Esquecida".
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"Autor de clássicos britânicos da ficção científica como 'Nave-Mundo', 'A longa tarde da terra' e 'Greybeard', a escrita de Aldiss gerou géneros e gerações, fazendo a ponte entre a 'ficção científica' clássica e a literatura contemporânea com a sua trilogia Helliconia e o Quarteto Thomas Squire", pode ler-se na mensagem publicada na página do escritor, que teve vários dos seus títulos publicados em Portugal nas décadas de 1980 e 1990.

Aldiss escreveu ainda vários títulos de contos, com destaque para "Super-Toys Last All Summer Long", que deu origem ao filme de Steven Spielberg "Inteligência Artificial".

"Um amigo e companheiro de bebida de Kingsley Amis, correspondeu-se com C. S. Lewis e J.R.R. Tolkien, sendo um membro fundador do Groucho Club em Londres e membro do júri do prémio Booker em 1981", acrescentou a mesma mensagem, que recordou o prémio Hugo para Ficção Científica com que Aldiss foi distinguido em 1962.

Também o seu livro "Frankenstein Unbound" foi adaptado ao cinema, no caso por Roger Corman.

Numa entrevista para o programa "Desert Island Discs" da BBC, em 2007, Aldiss disse discordar de quem encara a ficção científica como "uma espécie de previsão do futuro", acreditando, por outro lado, que se trata de "uma metáfora da condição humana".

No Twitter, o escritor Neil Gaiman disse que a notícia da morte de Aldiss o atingiu como "um meteoro no coração", descrevendo o escritor como "um autor maior do que a vida", enquanto o guitarrista dos Blur Graham Coxon agradeceu os livros a um "grande génio".

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