Morreu a lontra marinha 'Amália'
"Amália", a carismática lontra marinha que era um dos ícones do Oceanário de Lisboa, morreu esta madrugada, informou a instituição, sublinhando que este "desfecho era esperado, pela sua idade avançada, tal como aconteceu com a lontra macho "Eusébio", há três anos".
A famosa lontra, que fez as delícias dos visitantes do Oceanário nos últimos 16 anos, chegou ali já em idade adulta, proveniente do Alasca e, desde então, foi vista por mais de 17 milhões de pessoas de todo o mundo e fotografada milhares de vezes. "Embaixadora da sua espécie", Amália foi também "protagonista de diversos programas educativos, visitas guiadas, documentários e artigos", dizem os responsáveis do Oceanário.
"Pela sua idade avançada observávamos já sinais de envelhecimento natural. Sabemos que, em média, as lontras marinhas podem viver cerca de 20 anos e pelas nossas estimativas esta já teria ultrapassado essa idade", afirma a bióloga e Curadora do Oceanário de Lisboa, Núria Baylina, citada num comunicado da instituição. A morte de "Amália", sublinha a especialista, "foi uma perda enorme para o Oceanário, pois este era um dos nossos animais mais emblemáticos, acarinhado por toda a equipa e pelo público em geral".
"Amália"e "Eusébio" formaram até há três anos, quando "Eusébio" morreu, o mediático casal de lontras marinhas do Oceanário e deixaram descendência, o que, segundo os responsáveis da instituição, é pouco comum em aquários públicos.
"Maré" e "Micas", duas das suas crias, ambas fêmeas e agora com 15 e 12 anos, respetivamente, estiveram durante anos no Jardim Zoológico de Roterdão, "no âmbito de um programa de conservação" para procriação, cujo objetivo "é garantir a existência de uma população geneticamente saudável em cativeiro".
As duas regressaram ao Oceanário em 2010, cumprindo agora o papel de embaixadoras da sua espécie, que já foi dos seus progenitores.