Moreira pagou com juros dívida contraída na Trofa

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Polémica na Luz. Após o triunfo em Guimarães a contar para a Taça da Liga, o Benfica venceu ontem com muita dificuldade um Braga que reclamou dois penáltis e que sofreu um golo em fora de jogo. Mas uma boa escolha de Quique Flores para a baliza confirmou a fase de recuperação das águias

Suazo falhou um penálti; Braga reclamou dois

Com a coerência que se lhe reconhece, Quique Flores deu ontem a titularidade a Moreira e depois da exibição de ontem do n.º 1 encarnado, bem pode o espanhol regozijar-se pela decisão tomada. O guarda-redes benfiquista entrou logo em acção ainda nem sequer se tinha esgotado o primeiro minuto (a bola bateu à sua frente e foi obrigado a desviar com grande instinto para canto) e na segunda parte conquistou o estatuto de homem do jogo ao impedir os golos de Alan (76') e Rentería (85').

As decisivas acções de Moreira comprovaram que o Braga, sobretudo depois do intervalo, jogou o suficiente para justificar o empate, até porque o tento de David Luiz, mesmo a acabar a primeira parte, foi obtido em posição irregular. O tento do lateral foi apenas o sexto sofrido por Eduardo na Liga, não tendo sido por acaso que Suazo, aos 56', da marca de penálti, foi incapaz de bater o guardião dos minhotos. Excepção feita a esse lance, do ponto de vista ofensivo, o Benfica não se viu na segunda parte, em contraste com um Braga que arriscou tudo, ao ponto de ter exibido um meio-campo com quatro avançados (Alan, Paulo César, Meyong e Matheus), atrás de Rentería!

Mesmo sem apostar de início em Meyong e tão-pouco em Matheus, o treinador do Braga manteve-se fiel ao 4x4x2 losango e confiou na capacidade de "balanceamento" de jogadores como Alan e César Peixoto. Valha a verdade que os dois interiores minhotos cumpriram bem o papel múltiplo que lhes foi confiado e isso forçou o Benfica a revelar-se uma equipa previsível no ataque e muito dependente da velocidade de desmarcação dos dois avançados, ou seja, Aimar e Suazo. Como Vandinho fez uma marcação individual a Aimar e toda a defesa de Jesus jogou sempre muito "alto" (fomentando os foras de jogo), só mesmo de bola parada os lisboetas conseguiriam "furar" o quase intransponível Eduardo. Jesus queixou-se da ilegalidade do lance e ainda de penáltis não assinalados sobre Alan e Mossoró.

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