Moçambique/Portugal: Costa dança com vendedoras do mercado de Maputo
Depois de ser recebido desde quinta-feira em várias ocasiões por grupos tradicionais com música e dança, ao segundo dia Costa juntou-se aos ritmos moçambicanos.
O palco foi o arco principal de um mercado "fantástico", nas palavras do primeiro-ministro português que distribuiu apertos de mão e beijinhos por uma plateia quase toda no feminino e que estava em festa por recebe-lo.
Houve fotografias de grupo e muita conversa.
David Simango, presidente do Conselho Municipal de Maputo, serviu de guia e levou Costa a quase todas as bancas de frescos e depois aos frutos secos e especiarias.
"Assim é mais fácil", notou o primeiro-ministro depois de perguntar do que eram feitos os montinhos que tinha pela frente, numa banca de marisco, e de lhe explicaram que era camarão já descascado.
Não faltou quem lhe oferecesse o preço mais baixo por quilo, mas António Costa lamentou não o poder levar.
Com a ajuda de uma vendedora, o primeiro-ministro ainda pegou num caranguejo vivo, o "famoso" caranguejo de Moçambique, referiu, depois de apreciar lagostas e outros bancas de marisco.
"Não dá para congelar no avião" de regresso a Portugal, "mas é pena", respondeu.
Foram cerca de 20 minutos de visita a um mercado onde António Costa circulou até por dentro das bancas, sempre com cânticos tradicionais de fundo e dança no final.
Danças tradicionais que também já tinham estado presentes, momentos antes, numa vista de cortesia à Assembleia da República.
A cultura marcou o arranque do segundo dia do primeiro-ministro português em Moçambique, ao descerrar uma lápide alusiva à recuperação de um mural do artista Malangatana, no Museu de História Natural de Maputo.
A obra minuciosa foi apoiada com financiamento do Estado português.
António Costa vai ainda hoje encerrar um seminário empresarial, visitar o Instituto Superior de Estudos de Defesa, encontrar-se com a comunidade portuguesa e fechar a visita com um jantar de retribuição ao presidente moçambicano Filipe Nyusi.