MNE alemã faz visita surpresa a Kiev. "Ucrânia também defende a liberdade de todos nós"
A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, fez, esta segunda-feira, uma visita surpresa a Kiev, onde reiterou a promessa de apoio inabalável à Ucrânia e elogiou o progresso do país no caminho para a adesão à UE.
"Com enorme coragem e determinação, a Ucrânia também defende a liberdade de todos nós", disse Baerbock num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros à sua chegada à capital ucraniana.
E a Ucrânia pode "contar connosco", acrescentou Baerbock. "Não vamos desistir dos nossos esforços para apoiar a Ucrânia na sua defesa contra a agressão da Rússia: económica, militar e na esfera humanitária", disse Baerbock.
Foi a quarta visita de Baerbock à Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Espera-se que a candidatura da Ucrânia à adesão à União Europeia esteja entre os temas de discussão com as autoridades ucranianas durante esta viagem.
A Ucrânia recebeu o estatuto de candidatura à UE há um ano e espera iniciar negociações formais ainda em 2023 sobre o que precisa de fazer para consolidar a sua candidatura de adesão.
Baerbock disse que a Ucrânia já fez "bons progressos" em algumas áreas, incluindo reformas judiciais, mas disse que ainda tem "algum caminho a percorrer" no combate à corrupção.
A ministra alemã reafirmou o "apoio resoluto da Alemanha à Ucrânia no seu caminho para a União Europeia".
"E nós, como UE, devemos agora trabalhar rapidamente para garantir que estamos devidamente posicionados para mais cadeiras à mesa", acrescentou.
No comunicado, Baerbock também expressou consternação com a transferência forçada de crianças ucranianas para a Rússia.
"Apoiamos as organizações, as autoridades ucranianas e as ONG que estão a trabalhar para trazer as crianças raptadas de volta a casa", referiu Baerbock. "Nada justifica travar esta guerra nas costas dos mais inocentes, as crianças", reforçou.
"O primeiro passo para a paz é Putin permitir que estas crianças regressem a casa", enfatizou a chefe da diplomacia alemã.