Missão Côderosa leva à escola 30 crianças da ilha cabo-verdiana do Sal

Trinta crianças que não frequentavam a escola na ilha cabo-verdiana do Sal estão agora a ter aulas e transporte assegurado, graças a uma campanha da Associação Princesa Leonor, Aceita e Sorri (APLAS), que promete novos apoios em dezembro.
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\tA Missão Côderosa da APLAS, uma organização portuguesa, tem como objetivo implementar no Complexo Educativo Manoel António Martins, em Santa Maria, na ilha do Sal, estratégias educativas de sucesso e os recursos para as implementar, por forma a combater o absentismo e promover o sucesso escolar.

\tSão três anos para concretizar o sonho de ver estas crianças a estudar, com melhores condições e objetivos na vida, como disse à agência Lusa a presidente da APLAS, Vanessa Afonso, num balanço da primeira fase de implementação do projeto.

\tNo início de setembro, uma equipa da APLAS esteve na ilha do Sal e com ela levou material escolar, ajuda para matrículas e uniformes, bem como computadores com acesso ilimitado à internet e consolas de jogos. Entregou ainda um autocarro de 55 lugares, apelidado de "A princesinha", que está já ao serviço destes alunos, dos idosos e dos praticantes de atividades desportivas.

\t"O trabalho da primeira fase da missão está feito e a recetividade foi extraordinária", contou Vanessa Afonso, já em Lisboa, mas a trabalhar no sentido de aumentar os parceiros da missão, que por agora são 30, e com uma nova visita de trabalho agendada para dezembro.

\tNesta primeira fase, que começou a 03 de setembro, esteve no Sal uma comitiva de 14 pessoas que trabalharam no sentido de implementar internet gratuita em todo o recinto escolar, proporcionar um transporte regular de alunos no autocarro que viajou desde Portugal, melhorar os conteúdos da biblioteca, criar uma sala de atividades lúdicas e uma outra de informática e preparar uma enfermaria.

\tDas muitas memórias que levou para Portugal, Vanessa Afonso recorda a forma como as mães correram para os elementos da missão a solicitar apoio para a compra de material escolar e uniformes, assim como para a matrícula das crianças.

\tGraças a esta missão, 30 crianças foram matriculadas e estão agora a ter aulas, em vez de andarem pelas ruas, como se encontravam até então, declarou.

\t"A melhor forma de agradecimento que nos deram foi todos eles estarem na escola", disse.

\tVanessa Afonso está confiante que o sistema de avaliação por pontos que a APLAS criou, e que irá decorrer em paralelo ao do sistema de avaliação dos professores, vai seduzir estes alunos, que ficaram deslumbrados com os prémios dos estudantes que obtiveram classificação no quadro de honra.

\t"O nosso sistema de avaliação por pontos visa avaliar a pontualidade, a assiduidade, os trabalhos de cada, a participação em atividades extracurriculares e a postura nas aulas", disse, acrescentando que, a cada três meses, "os quatro melhores alunos de cada ano vão ser premiados. Todos eles querem ser cumpridores".

Em relação ao autocarro, além do trajeto entre casa e a escola, está também ao serviço de visitas de estudo, estando já várias agendadas, para o apoio aos seniores e também aos polos desportivos, que "muitas vezes não tinham transporte".

A próxima visita de trabalho da missão está marcada para dezembro e a segunda fase deverá contemplar um maior apoio na área da saúde, nomeadamente saúde oral e clínica geral e farmácia.

Serão igualmente avaliados os resultados do primeiro trimestre do ano letivo 2018/2019 e realizado um evento de Natal.

A APLAS tem como missão ajudar todos os jovens e crianças e respetivas famílias a superar da melhor forma os diversos problemas que surgem assim que é diagnosticado o cancro.

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