Misericórdia do Porto e Irmandade da Lapa unem esforços na área da saúde
O provedor da Irmandade da Lapa, Francisco Lopes, e o provedor da Misericórdia do Porto, António Tavares, rubricaram hoje um protocolo "que não tem uma duração definida", mas que assenta em princípios muito claros, fornecer melhores cuidados de saúde à população da Área Metropolitana do Porto, disse o primeiro.
O desafio, segundo António Tavares, partiu da Santa Casa cuja "consciência de que trabalhando em rede será sempre muito mais fácil", convencendo a Irmandade da Lapa, que "possui respostas médicas que a Santa Casa não tem, como a Pediatria e a Obstetrícia", a iniciar a parceria.
Segundo António Tavares, a assistência partilhada que o protocolo prevê deverá começar a fazer-se sentir "a partir de setembro".
Afirmando-se ciente das "dificuldades que as ordens terceiras tiveram na cidade no processo de modernização na área da saúde", António Tavares afirmou ser "chegada a altura de, com a Lapa, que tem algumas especialidades que a SCMP não tem (...), ter todas as respostas".
Questionado sobre se o protocolo hoje assinado vai gerar mais empregos e investimento em novos equipamentos, o provedor da Santa Casa considerou-o "inevitável".
"É algo que está a ser pensado", reconheceu, argumentando que "existe uma grande complementaridade entre os setores a operar no mercado, seja no privado, público ou social", que faz com que queiram "também aqui, no setor social", trabalhar "com os melhores".
Esta posição foi reiterada por Francisco Lopes que depois de elencar as duas vertentes do protocolo -- saúde e economia -- explicou que procura "obter uma maior rentabilidade e uma maior capacidade aquisitiva" que conduza "a melhores resultados".
"Nenhuma das instituições tem fins lucrativos, todo o lucro é reinvestido", vincou o provedor da Irmandade da Lapa, que da colaboração entre as duas instituições disse poder "resultar uma melhor gestão dos equipamentos hospitalares".