Ministro acusa professores: "Usam o mesmo crachá desde o primeiro dia"

Tiago Brandão Rodrigues defende que parlamento "já recusou" devolver os nove anos, quatro meses e dois dias de serviço e acredita que professores vão separar luta do trabalho nas escolas
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Nas negociações em que "intransigência" foi a palavra mais usada pelas partes, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, voltou a devolver a acusação aos sindicatos de professores, insistindo que o governo "foi o único" a sair da sua posição inicial, ao propor a devolução de dois anos, oito meses e dezoito dias "que não estavam no programa de governo", enquanto os representantes dos docentes se mantiveram Inflexíveis.

"Os sindicalistas usam o mesmo crachá desde a primeira reunião", criticou, numa alusão aos símbolos alusivos aos nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço usados ao peito por vários dirigentes sindicais.

Ladeado pela secretária de Estado adjunta, Alexandra Leitão, e pela secretária de Estado do Orçamento e do Emprego Público, Fátima Fonseca, o ministro desvalorizou ainda o risco de ver o Parlamento aprovar uma iniciativa legislativa que vá além do que o governo considera comportável.

Ressalvando não poder falar em nome dos parlamentares, Brandão Rodrigues lembrou que estes "já recusaram" uma iniciativa do PCP, na discussão do atualizar Orçamento do Estado, que contemplava a devolução do tempo reclamado pelos docentes.

O ministro relativizou ainda as ameaças de um final de ano agitado nas escolas, defendendo que os professores sabem separar as suas lutas do trabalho com os alunos e antevendo um final de ano letivo "com normalidade".

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