Ministro da Economia afirma que execução orçamental e défice estão "em linha" com previsões
"A execução orçamental foi em linha com o que estava previsto. Os juros foram diferentes do ano passado e também a devolução de IVA foi maior, mas isso não é uma má notícia, é uma boa notícia", afirmou o ministro da Economia, em declarações aos jornalistas, durante a visita que efetuou à 30.ª Feira Internacional de Agropecuária e Artesanato de Estremoz (FIAPE).
A Direção-Geral do Orçamento (DGO) divulgou na terça-feira, um défice orçamental em contas públicas de 823,9 milhões de euros até março, o que representa mais 107,9 milhões de euros do que o registado no primeiro trimestre do ano passado.
Segundo Manuel Caldeira Cabral, este "agravamento do défice em 100 milhões é o contrário do que aconteceu, porque, quando retira o efeito da devolução do IVA em mais 300 milhões ou o aumento do pagamento dos juros, o que teria era uma redução do défice".
"E, portanto, é nesse sentido que [os números] estão em linha com o que estava previsto e é nesse sentido que estamos a trabalhar", frisou.
O ministro da Economia argumentou ainda que, "descontando esses efeitos, que são efeitos que não se repetem", a execução orçamental do país "significa uma melhoria do saldo orçamental face ao ano passado".
"Há uma trajetória orçamental que, de facto, foi cumprida no primeiro trimestre, mas não é um trabalho acabado. Temos que continuar, para que seja cumprida também no segundo trimestre e nos trimestres a seguir", sublinhou.
Já na terça-feira, à entrada para a comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, o ministro das Finanças também disse que a execução orçamental está "plenamente em linha" com o previsto pelo Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) e justificou o aumento do défice com o pagamento de juros concentrado no primeiro trimestre.
Na visita que realizou hoje à feira em Estremoz, no distrito de Évora, o ministro da Economia, acompanhado pela secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, realçou também a importância dos produtos regionais, não só para a valorização da produção regional, mas também para impulsionar o desenvolvimento turístico do país.