Ministra admite "medidas de estabilização de emergência" para mitigar impacto dos incêndios

Maria do Céu Antunes afirma que governo já antecipa medidas de apoio que fazem parte do plano estratégico da PAC.
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A ministra da agricultura, Maria do Céu Antunes admitiu, esta segunda-feira (18), em Bruxelas, o recurso a "medidas de estabilização de emergência" do plano estratégico da PAC para o apoio aos agricultores e para a prevenção de incêndios.

Maria do Céu Antunes diz que "as direções regionais" já estão no terreno "a fazer os levantamentos" da área ardida e admite apoios aos agricultores.

"À medida que os incêndios sejam considerados extintos e que sejam estabilizados do ponto de vista da sua área, aquilo que nós vamos ver é a possibilidade de acionar medidas de estabilização de emergência e também de restabelecimento do potencial produtivo", afirmou a ministra, sublinhando que o governo já está antecipar medidas de apoio que fazem parte do plano estratégico da PAC.

"Este ano, em 2022, estamos a permitir o acesso aos apoios ao rendimento (...) a todos os agricultores que estão nas zonas [mais expostas], nos territórios vulneráveis aos fogos rurais", disse a ministra, vincando que "é a primeira vez que isto acontece".

Maria do Céu Antunes afirma que já há adaptações para a prevenção de incêndios, em áreas ardidas em anos anteriores e dá o exemplo de "300 hectares" de terrenos vulneráveis a incêndios, "autorizados para novas plantações".

"Há um território que foi afetado em 2017, a Pampilhosa da Serra, que pela primeira vez vai ter no território ardido a possibilidade de colocar vinha e que, com isso, possa fazer a interrupção de floresta, gerar rendimento, fixar pessoas e combater aquilo que tem levado sistematicamente, na região centro, aos incêndios rurais", disse.

Questionada se admite que algumas destas medidas, como a adaptação a novas plantações, possam ser aplicadas em partes dos 43 mil hectares ja ardidos desde o início do ano, a ministra enfatizou: "quero mesmo que isso aconteça".

De acordo com os números ainda provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas os incêndios florestais consumiram desde o início do ano 43.721 hectares. A maior parta ardeu em apenas 10 dias, desde 08 de Julho, correspondendo a cerca de 30.000.

Ao todo registaram-se 6.461 incêndios rurais, sendo que 51% ocorreram em zonas florestais, 38% em matos e 12% em área agrícola.

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