Mieloma Múltiplo: esperança de vida aumentou para mais do dobro

Associação Portuguesa Contra a Leucemia organiza ​​​​​​​sessões para promover a literacia contra esta e outras doenças.
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São entre 300 e 500 as pessoas que anualmente são diagnosticadas em Portugal com mieloma múltiplo. Por ser uma doença silenciosa e os seus sintomas - anemia, uma baixa da hemoglobina no sangue, infeções, dores ósseas, fraturas, lesão renal - serem frequentemente confundidos com outras patologias, é necessário sensibilizar a população. É nesse sentido que se assinala, todos os anos, a 5 de setembro, o Dia Mundial do Mieloma Múltiplo.

Apesar das cerca de 630 mortes anuais, se há doença na área dos cancros do sangue onde se têm visto avanços notáveis é esta. Uma pessoa diagnosticada com mieloma múltiplo há 20 anos teria cerca de três a cinco anos de vida pela frente. Atualmente, a esperança média de vida após o diagnóstico é superior a 10 anos.

Os tratamentos, tanto os medicamentos biológicos como a quimioterapia, vieram revolucionar a vida dos pacientes deste que é o segundo tipo de cancro do sangue mais comum. Estes podem ser feitos durante vários meses e os bons resultados obtidos podem ser consolidados com autotransplante da medula óssea. No entanto, as terapias são diferentes e ajustadas a cada pessoa, sendo por isso muito diferente tratar alguém de 80 ou de 40 anos.

Para promover a literacia sobre esta e outras doenças, a Associação Portuguesa contra a Leucemia organiza sessões de esclarecimento, tanto para os doentes como para familiares, amigos e cuidadores. Atualmente é frequente os pacientes já chegarem às consultas com os seus médicos com alguma informação que encontraram na internet. No entanto, o acesso a informação sem qualquer credibilidade científica pode ser prejudicial, uma vez que assusta e preocupa as pessoas.

No sentido de diminuir este problema, decorrem, no 22 de setembro, as Jornadas Nacionais da Associação Portuguesa Contra a Leucemia, onde será abordado o panorama das doenças hemato-oncológicas. O evento é virtual e gratuito e, por isso, todos podem participar mediante inscrição no site da associação.

Os autores do artigo não recebem qualquer honorário para colaborar nesta iniciativa.

Esta iniciativa é apoiada pela GSK, sendo os artigos integrados no projeto Ciência e Inovação da responsabilidade dos/as seus/suas autores/as.

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