Metro de Lisboa agrava prejuízo para 57 milhões de euros em 2020

De acordo com a informação remetida à CMVM, o volume de negócios fixou-se em 67,5 milhões de euros, abaixo dos 120 milhões de euros verificados no ano anterior.
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O Metropolitano de Lisboa registou 57,1 milhões de euros de prejuízo em 2020, valor que comprara com um resultado líquido negativo de cerca de 16,9 milhões de euros apurado em 2019, foi hoje comunicado ao mercado.

De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o volume de negócios fixou-se em 67,5 milhões de euros, abaixo dos 120 milhões de euros verificados no ano anterior.

Por sua vez, os rendimentos operacionais caíram para 114 milhões de euros, quando, em 2019, tinham sido de 159,2 milhões de euros.

Já os gastos operacionais passaram de cerca de 149 milhões de euros em 2019 para 147 milhões de euros no ano seguinte.

Neste período, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) foi negativo em 6,6 milhões de euros, sendo que, em 2019, tinha sido positivo em 38 milhões de euros.

O resultado operacional do Metro caiu para 32,7 milhões de euros negativos, contra 10,2 milhões de euros de 2020.

Em 2020, o grupo Metropolitano de Lisboa contratou 203,8 milhões de euros de dívida e amortizou 274,7 milhões de euros.

Citado no documento, o presidente do Metropolitano de Lisboa, Vítor Manuel Domingues dos Santos, indicou que, neste período, marcado pela pandemia de covid-19, foram transportados 90,6 milhões de passageiros, menos 93,2 milhões de passageiros face a 2019.

"Respondendo às necessidades de reforço do efetivo verificadas em 2020, o Metropolitano de Lisboa reforçou o quadro de pessoal com 27 profissionais, através da admissão de nove agentes de tráfego, três oficiais eletromecânicos, dois técnicos de eletrónica, seis oficiais de via, dois oficiais eletricistas e cinco técnicos superiores", apontou Domingues dos Santos.

No que se refere às perspetivas, o grupo Metro referiu que o projeto "mais relevante" para os próximos anos é o prolongamento da rede, desde a estação do Rato à do Cais do Sodré, bem como a construção de dois viadutos no Campo Grande, assegurando as ligações das linhas amarela e verde.

Vão também ser construídas as estações de Estrela e Santos e remodelada a do Cais do Sodré.

"Todas as estações terão acessibilidade plena, assegurada através de elevadores que ligarão os cais à superfície", garantiu.

Paralelamente, o grupo quer adquirir material circulante e implementar o novo sistema de sinalização.

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