"Há quem ponha as tripas de molho na banheira. E é engraçado: vê-se carne pendurada nas janelas." Pedro Damásio trabalha há duas décadas na Mouraria e ainda se lembra de quando, nas casas e ruas daquele bairro histórico de Lisboa, eram visíveis quase exclusivamente pessoas e hábitos "portugueses". A época é recordada sem saudade. .Na semana em que, em entrevista ao blogue Pensar Lisboa, a historiadora Raquel Varela causou polémica ao afirmar que aquilo de que menos gosta na capital é, além da "invasão de turistas" e hostels, de "mercearias asiáticas" e de "lojas de chineses", o comerciante elogia a existência num dos lugares mais antigos de Lisboa de comunidades originárias de diversos países. Afinal, salienta o olisipógrafo Appio Sottomayor, após a conquista, no século XII, da cidade aos muçulmanos e o seu confinamento ao que é hoje a Mouraria, existia "comércio entre cristãos e mouros"..Leia mais na edição impressa ou no e-paper.