Nos últimos dois anos, o Estado português já poupou 155 milhões de euros só em compras públicas electrónicas, realizadas através da Agência Nacional de Compras Públicas (ANCP). O número é avançado pela própria agência responsável pela aquisição de bens e serviços, que adianta ainda que 66% dos fornecedores de organismos públicos são pequenas e médias empresas (PME). Segundo dados oficiais, só no ano passado, a ANCP fez seis consultas públicas, em rubricas como "Papel, economato e consumíveis de impressão", "Cópia e impressão", "Veículos automóveis e motociclos", "Seguro automóvel" e "Equipamento informático", cujos concursos públicos para celebração de acordos-quadro se encontram a decorrer para um montante total de mil milhões de euros. Neste momento, existe um concurso para a prestação de serviços de viagens e alojamentos - ainda em aberto - que aumentará para 16 o número de rubricas de despesa pública em matéria de compra de bens, realizadas através da ANCP. Neste caso particular, o acordo-quadro que o Estado pretende celebrar terá uma duração de dois anos e estipula como critérios de adjudicação o desconto, o desconto por quantidade, o valor do serviço e ainda a possibilidade de marcação online. O concurso está limitado a empresas que prestem serviços de alojamento e transporte aéreo (de ida e volta) para as seguintes cidades: Lisboa, Porto, Funchal e Ponta Delgada, no território nacional, e Bruxelas, Paris, Madrid, Barcelona, Amesterdão, Londres e Genebra. No que respeita aos voos, as empresas têm de garantir disponibilidade diária em classes económica e executiva, tanto em épocas altas, como em épocas baixas. A transportadora aérea contratada tem ainda de garantir ao Estado português a confirmação da marcação das viagens e alojamento em menos de duas horas.