Mega Ferreira nega convite para o CCB

António Mega Ferreira não foi convidado oficialmente para assumir a presidência da administração do Centro Cultural de Belém - revelou ontem o escritor ao DN. O antigo responsável pela Expo-98 substituíria João Fraústo da Silva no cargo, conforme veiculou o Expresso na sua última edição, segundo fonte ligada ao Ministério da Cultura.

O também jornalista e cronista confirmou ao DN que esteve, de facto, com a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima a seguir à reunião que esta teve com o primeiro-ministro e Joe Berardo sobre o CCB, referindo que terão trocado impressões sobre o assunto, mas que nada mais se passou.

Nessa mesma notícia, Fraústo da Silva, presidente do CCB desde 1996, cujo mandato só termina em Janeiro de 2007, considerava Mega Ferreira, a "melhor escolha possível para o cargo", entendendo que este teria o "perfil adequado à casa e grande experiência de gestão."

Fraústo não concorda com a instalação do Museu Nacional de Arte Contemporânea, a partir do núcleo da colecção Berardo, no Centro Cultural de Belém e diz ao mesmo jornal que "se quiserem que eu saia, vão ter que me demitir e a minha demissão tem de ser bem justificada." Na mesma notícia, refere, por outro lado, que, não podendo acusá-lo de nenhuma falta, admite "recorrer à justiça e interpor um processo-crime."

António Mega Ferreira, que acaba de lançar o livro Fazer pela Vida, Retrato de Fernando Pesssoa o empreendedor (Assírio & Alvim), formou-se em Direito pela Universidade de Lisboa e estudou Comunicação Social na Universidade de Manchester. Iniciou a profissão de jornalista no Comércio do Funchal, tendo passado pelo Jornal Novo, Expresso, ANOP e RTP. Foi ainda redactor de O Jornal e chefe de redacção do Jornal de Letras. Fundador da Ler, director editorial do Círculo de Leitores, foi membro da Comissão dos Descobrimentos, comissário executivo da Expo-98 e presidiu ao Conselho de Administração da Parque Expo.