1 - Aparentemente, apenas as situações de "óbvia distorção" serão agora sinalizadas nos relatórios anuais. Mas, por outro lado, está confirmado: a ERC vai passar a fiscalizar também o pluralismo político-partidário da SIC e da TVI, e não apenas o da RTP. Isto precisamente numa altura em que Portugal é dirigido por uma coligação e por uma ideologia declaradamente liberais, que de resto os portugueses referendaram por maioria. Alguém que me explique a lógica disto, por favor..2 - Já aqui lhe chamei "uma espécie de máquina de lavar para famosos", e a segunda edição não faz nada por contrariá-lo. Percebida a principal razão do seu próprio êxito, A Tua Cara não Me É Estranha é agora ainda mais claramente um desfile de artistas obsoletos, negligenciados e esquecidos (aquilo, no fundo, a que os anglo-saxónicos chamam has-beens, ou "aqueles que foram e deixaram de ser"). Do ponto de vista da TVI, é bem visto: Ídolos exigia medidas drásticas. Do ponto de vista dos concorrentes, não sei: será que alguém sai de A Tua Cara não Me É Estranha menos desesperado do que entrou?.3 - A Sony decidiu reforçar a marca AXN e, na prática, transformar o desgarrado Sony Entertainment no "novo" AXN White, que por oposição ao AXN Black difundirá uma programação "mais leve". É uma opção de marketing tão obviamente útil que até é estranho não ter sido tomada antes. A ver, no entanto, no que resulta isto da programação "mais leve". Para já, o arranque com Smash, produção de Steven Spielberg, não augura nada de bom. Spielberg produz cada vez mais para a TV e ainda não fez uma só coisa sequer razoável.