Mauritânia ajuda Guiné-Bissau a determinar recursos piscícolas
Paulo Baransan, secretário-geral do ministério e Iça Bari, diretor-geral do Centro de Investigação Pesqueira Aplicada (CIPA), indicaram que o estudo irá decorrer durante 12 a 13 dias, nas águas guineenses, e os dados recolhidos serão avaliados por uma equipa técnica na Mauritânia.
Esta é a quarta avaliação do género que é feita entre o CIPA e técnicos do Instituto de Oceanográfica e Pesca da Mauritânia.
De concreto, o estudo vai permitir à Guiné-Bissau saber qual a quantidade das espécies demersais (camarão, chocos e peixe de profundidade) e ainda cartografar as zonas de distribuição e abundância daquelas espécies, consideradas de alto valor comercial para o país, precisou Iça Bari.
O estudo vai ainda permitir à Guiné-Bissau determinar as zonas da desova dos peixes, bem como precisar os parâmetros ambientais dos mares do país, o que possibilitará ao CIPA "aconselhar melhor" o ministério na tomada de decisões sobre estratégias de pesca e ainda de conceção de licenças aos armadores estrangeiros, acrescentou Bari.
O conhecimento prévio e exato da biomassa marítima da Guiné-Bissau foi uma das exigências da União Europeia durante as negociações para a fixação de um novo acordo de pesca, rubricado entre as partes a 15 de novembro e que deverá vigorar nos próximos cinco anos.
Com o novo acordo, rubricado após um ano de negociações, Bissau irá receber de Bruxelas 15,6 milhões de euros anuais.
O acordo permite que navios de Portugal, Espanha, Itália, Grécia e França pesquem em águas guineenses atum, cefalópodes (polvos, lulas, chocos), camarão e outras espécies demersais, como linguados e garoupas.