Martinho da Vila leva o ritmo carioca a Almada

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As suas músicas estão impregnadas de um espírito boémio contagiante, típico da "malandragem carioca". É este calor brasileiro e uma acentuada mescla de ritmos - que vão do samba à capoeira, passando pela bossa nova, a ciranda ou o frevo - que o cantor Martinho da Vila oferece hoje, às 15.00, no concerto das festas de Carnaval da Praça São João Baptista, em Almada.

Músico respeitado desde que se estreou com a canção Menina Moça num festival televisivo em 1967, Martinho da Vila tornou-se num símbolo da escola de samba Unidos de Vila Isabel (de que retirou o apelido artístico) e foi o primeiro intérprete deste género musical a vender mais de um milhão de cópias com o disco Tá Delícia, Tá Gostoso, lançado em 1995.

O amor, a bebida, os dilemas sociais e, principalmente, o gosto pela festa são os temas dominantes das melodias que preeenchem uma carreira com mais de 30 anos. Entre os seus álbuns mais famosos contam-se Canta, Canta Minha Gente (1974), Coração Malandro (1987), O Canto das Lavadeiras (1989) ou o recente Lusofonia (2000), que reuniu géneros musicais de todos os países de língua portuguesa.

Nascido em Duas Rodas, no Rio de Janeiro, o artista orgulha-se da sua veia de compositor e o tema Quem é do Mar Não Enjoa (do disco Martinho da Vila, de 1969) define a sua postura em relação à música e ao meio onde gosta de estar "Quem quiser saber meu nome, não precisa perguntar. Sou Martinho, lá da vila, partideiro devagar. Quem quiser falar comigo, não precisa procurar. Vá aonde tiver samba, que eu devo estar por lá."

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