Foi uma batalha naval duríssima, que se prolongou por dois dias, a 6 e 7 de abril de 1945, no mar do Japão, a cerca de 50 milhas a sudoeste de Kiu-siu, ao largo da ilha de Okinawa. A marinha e a aviação americanas levaram a melhor..Depois de 48 horas de duros combates, a já depauperada marinha imperial japonesa sofreu uma importante perda, com o afundamento do Yamato, o seu maior cruzador, de 45 mil toneladas, relata o Diário de Notícias na sua edição de há 74 anos..Citando um comunicado da marinha dos Estados Unidos, o DN conta que, além do Yamato, foram igualmente afundados um cruzador ligeiro, o Agano, e mais três contratorpedeiros japoneses. "O Yamato foi atingido pelo menos por três torpedos e oito bombas pesadas", e "muitos outros navios foram metralhados nesta ação", informa o comunicado da marinha americana..De ambos os lados houve baixas importantes. "A aviação inimiga exerceu os seus ataques desesperadamente e conseguiu afundar três dos nossos contratorpedeiros e danificar vários outros e um pequeno navio", lê-se no DN, que cita o mesmo comunicado. A contabilidade final da batalha foi, no entanto, mais pesada para o Japão, que perdeu também 106 aviões nesses dois dias..A poucos meses do fim da guerra, as várias frentes de combate na Europa também eram notícia na primeira página do DN. Nesse dia, a 7ª divisão blindada britânica estava apenas a 27 quilómetros de distância de Bremen, na Alemanha, e na Holanda, o exército alemão estava cercado, e sem ligação a Berlim. Em Viena travavam-se combates na ruas..Por cá, uma notícia de primeira página dava conta de uma grave acidente ocorrido na tarde anterior em Lisboa, que fez uma vítima mortal e quatro feridos, "além de avultados prejuízos materiais", quando uma camioneta destruiu uma fachada de um estabelecimento em Alcântara.."Uma camioneta de carga da Guarda Nacional Republicana, que recolhia ao quartel da Ajuda, (...) foi embater violentamente contra a fachada do estabelecimento de fanqueiro da firma S. Araújo & Santos, Lda.". A vítima mortal foi "a Sra. D. Deolinda da Costa, de 48 anos,", que na altura estava "vendo os artigos expostos na montra".