Marina de Oeiras ficará localizada na Cruz Quebrada
O concelho de Oeiras vai ter uma nova marina, que ficará localizada na zona da Cruz Quebrada. "O projecto é do grupo SIL, proprietário do terreno onde ficará implantada, e foi elaborado de acordo com os termos de referência estabelecidos pela Câmara Municipal de Oeiras (CMO), estando neste momento a ser apreciado pela autarquia, à luz do PDM", revelou ao DN a presidente do município.
"A nova marina, que terá perto de 400 lugares de amarração, é um projecto de promoção privada de grande dimensão, que foi equacionado por altura do America's Cup (Taça América), mas que ficou parado pelo facto de Portugal não ter sido o país escolhido para a realização do evento. Foi pena, porque podia ter sido acelerado, mas agora vai ser recuperado e vai avançar", explica Teresa Zambujo.
O empreendimento está integrado no plano de requalificação da zona ribeirinha do concelho, que inclui ainda os vários troços do passeio marítimo (construídos e por construir) e o porto de recreio inaugurado sábado passado junto à piscina oceânica, para além de diversas infra-estruturas náuticas e de lazer, como um parque aquático com piscina e um espaço de lazer com equipamentos desportivos e de comércio em Algés. Também o espaço verde contíguo ao Jardim de Paço de Arcos será prolongado até ao Tejo.
"A requalificação da orla marítima do concelho é um plano vasto, que envolve projectos muito avultados e que representará um investimento global da ordem dos 20 a 25 milhões de contos (100 a 125 milhões de euros)".
"A execução do projecto prolongar-se-á para além de um mandato", diz a autarca, devendo ficar concluído até próximo do final da década.
Para fazer face a estes investimentos, "todas as possibilidades estão em aberto", garante a presidente da Câmara de Oeiras. "Teremos de fazer uma engenharia financeira, em que tudo terá de ser muito claro, para levarmos a bom termo este projecto."
Tereza Zambujo conta, desde logo, com o orçamento municipal, mas também com o esforço central. "Dado o cariz nacional de parte das intervenções, o Governo pode considerar que projectos desta envergadura merecem o seu apoio", diz, adiantando a "possibilidade de virem também a ser estabelecidas parcerias, sejam elas públicas, privadas ou público-privadas. "Há que mobilizar o mais possível de agentes de desenvolvimento e tudo tem de ser muito claro", insiste a autarca.
O porto de recreio inaugurado sábado passado em Oeiras dispõe de 273 lugares de amarração e mais de 100 lugares de doca seca, para além de um parque de estacionamento para 250 veículos, zona de serviços e restaurante e representa um investimento de cerca de oito milhões de euros. O projecto foi financiado em 50% pela Administração Central e o restante suportado pela autarquia.
A marina da Cruz Quebrada, bem como o porto de recreio em funcionamento desde o último fim--de-semana, vem reforçar a oferta de portos de recreio na Grande Lisboa, juntando-se à marina de Cascais, à de Lisboa - que está em reestruturação - e às docas de Alcântara e Belém, que actualmente não dispõem de lugares vagos.