Maria João,Laginha uma orquestra e dois inéditos
O espectáculo nasceu há sete anos mas continua a reinventar--se. Lobos, Raposas e Coiotes, o álbum que reuniu o piano de Mário Laginha e a voz de Maria João a uma orquestra, volta a palco esta noite (21.30), na Casa da Música do Porto. Desta vez, na companhia da jovem Orquestra Clássica de Espinho, à qual cabe também estrear dois arranjos inéditos que o pianista escreveu para temas resgatados a discos mais recentes.
O alinhamento faz-se quase todo à custa desse álbum gravado em 1999 com a Orquestra Filarmónica de Hanôver: o homónimo Lobos, Raposas e Coiotes, Filhotes, Chão, Uma Casa com Gente, Beatriz (original de Edu Lobo e Chico Buarque) e Várias Danças completam o programa da noite. A isto se somam duas orquestrações inédita s: uma para Sete Facadas, de Chorinho Feliz (2000), outra para Parrots and Lions, de Tralha (2004). "Quando nos foi feito o convite para reeditar este espectáculo, decidi que tinha de fazer alguma coisa diferente", explica Mário Laginha ao DN. "E aqui nasceu um dos melhores trabalhos que alguma vez fizemos para orquestra", garante entre perdões pedidos para a falta de modéstia. "Acho que a introdução que compus para o Sete Facadas resultou muito bem e acredito mesmo que acabará por evoluir para um novo tema."
Ao lado da dupla estará a Orquestra Clássica de Espinho dirigida pelo maestro Cesário Costa. "Uma orquestra jovem dirigida por um jovem maestro." Talento a dirigir talento, assegura o pianista, certificando o "raro empenho e gozo de tocar que estes músicos transpiram". E o encontro terá sido de tal forma feliz que Maria João e Mário Laginha já recrutaram a jovem orquestra para um novo espectáculo que lhes foi encomendado para Junho em Vigo.
Quanto a Laginha, estará de regresso a este mesmo palco dentro de uma semana (sábado, dia 1, 21.00) para apresentar o seu álbum de estreia a solo, Canções e Fugas, que chega às lojas na segunda-feira seguinte.