Mapfre reforça liderança na Volvo Ocean Race

Equipa espanhola percorreu as cerca de 6600 milhas da 3ª etapa, Cidade do Cabo (África do Sul) -Melbourne (Austrália), em 14 dias, 4 horas, 7 minutos e 21 segundos.
Publicado a
Atualizado a

A primeira etapa dos furiosos mares do sul, premiada com pontuação a dobrar, foi vencida pela tripulação liderada pelo velejador basco Xábi Fernandez, cada vez mais a principal candidata à vitória final nesta regata de volta ao mundo.

Com esta vitória, o Team Mapfre soma dois primeiros lugares em três etapas (a outra vitória foi na etapa Lisboa-Cidade do Cabo, sendo que na primeira etapa, Alicante-Lisboa, ficou em segundo lugar, atrás do Vestas). Antes da partida, os espanhóis tinham uma vantagem de um ponto sobre a equipa em 2º lugar (então o Vestas) e agora essa vantagem aumentou para seis pontos (sendo que agora, após a 3ª etapa, o Vestas desceu para 3º lugar, subindo o Dongfeng para 2º).

Mais uma vez, a equipa Dongfeng, do skipper francês Charles Caudrelier, teve o pássaro na mão e deixou-o fugir (já tinha acontecido na etapa Lisboa-Cidade do Cabo). Liderou desde o dia da partida da Cidade do Cabo (12 deste mês) até dia 20.

Aqui, porém, o Mapfre, mercê de uma navegação mais esforçada, com bastante mais manobras para manter o barco sempre com vento, passou para a frente, e daí até à chegada, na véspera de Natal, foi reforçando a liderança. Dois dias antes de chegar a Melbourne, o barco de Caudrelier sofreu um problema grave no patilhão. Conseguiu atenuar os seus efeitos mas perdeu tempo nisso. O Dongfeng chegou a Melbourne cerca de quatro horas depois do Mapfre.

Em terceiro lugar ficou a equipa Vestas, liderada pelo norte-americano Charlie Enright. Aliás, os três primeiros desta etapa foram os mesmos três primeiros das duas etapas anteriores. A ordem de classificação é que tem variado.

A etapa, feita do princípio ao fim com ventos muito fortes, como é normal nos mares do sul, provocou vários danos materiais e físicos em algumas equipas. O velejador português António Fontes, a fazer de navegador na equipa Scallywag, passou o tempo quase todo dentro da cabine, por causa de uma queda que lhe imobilizou um braço (ainda não se sabe se partiu mesmo e do diagnóstico dependerá a sua continuação na regata).

A bordo do Brunel, a velejadora britânica Annie Lush deu uma queda aparatosa com possíveis danos numa vértebra, ficando dias imobilizada num beliche. Só perto do fim é que voltou ao convés. Quando a equipa chegou a Melbourne foi diretamente para o hospital fazer exames.

Já no AkzoNobel o problema foi material - mas grave. Numa manobra de mudança de direção mal calculada, e sob forte ventania, soltou-se a calha que fixa a vela principal ao mastro. A equipa perdeu mais de um dia a resolver o problema, o que a relegou para o último lugar no pelotão. É a única das sete concorrentes que ainda não chegou a Melbourne.

Dia 2 a frota partirá para a quarta etapa, Melbourne-Hong Kong.

Classificação 3ª etapa (Cidade do Cabo-Melbourne)

1. Mapfre - 14 dias, 4 horas, 7 minutos e 21 segundos

2. Dongfeng - 14d 8h 10m 15s

3. Vestas - 14d 9h 52m 11s

4. Brunel - 14d 11h 36m 27s

5. Scallywag - 15d 13h 6m 31s

6. Turn The Tide On Plastic - 15d 15h 52m 50s

7. AkzoNobel - ainda não completou etapa

Classificação geral

1. Mapfre - 29 pts

2. Dongfeng - 23

3. Vestas - 23

4. Brunel - 14

5. Scallywag - 11

6. AkzoNobel - 7

7. Turn The Tide On Plastic - 6

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt