Mango vai vender roupas também para homem
A Mango, marca espanhola de vestuário, decidiu incluir os homens no seu plano estratégico, regressando, onze anos depois, à moda masculina. A primeira colecção estará disponível em lojas seleccionadas a partir de Março com as tendências Primavera-Verão 2008. Será uma mini-colecção, composta por cerca de 30 modelos, e que estará disponível apenas nas lojas de maior dimensão. Portugal não foge à experiência-piloto e terá moda de homem e cinco espaços comerciais de Lisboa e Porto.
O anúncio do regresso da Mango à moda masculino foi feito esta semana pelo presidente e fundador da cadeia têxtil, Isak Andic, em Barcelona, que disse pretender com esta e outras medidas "duplicar as vendas em quatro anos". Recorde-se que a Mango encerrou 2006 com 1 070 lojas em todo o mundo e uma facturação superior a 1,4 mil milhões de euros. A produção de moda de homem foi abandonada pela Mango em 1996 por uma questão de alteração de estratégia na altura. "Nesse momento, a mulher era a maior consumidora e a Mango decidiu centrar-se nela mas, agora, a sociedade mudou", explicam fontes da companhia, citadas pelo jornal El País. Foi também em 1996 que a Mango abandonou a sua linha de moda infantil, mas não está nos planos da companhia apostar nesta área para já.
Sobre a moda masculina, Isak Alfon, responsável na Mango pelo mercado português, explicou ao DN que esta será "uma prova-piloto para ver como está o mercado", tendo sido seleccionadas entre 150 a 200 lojas em todo o mundo, "as de maiores dimensões" para apresentar este novo conceito".
"Além do desenho de um móvel especial para uma área da loja reservada para homem, haverá um manequim na vitrina para mostrar a colecção masculina", explicou ainda Isak Alfon. Tudo isto é importante para diferenciar a colecção feminina da masculina, que terá apenas cerca de "30 modelos", ou seja, será constituída por uma "quinta parte" de uma colecção normal da Mango, refere. Isak Alfon admite ser "ainda muito cedo para pensar" numa loja separada, mas tudo indica que se a aceitação do mercado for a desejada, esse será o passo seguinte na estratégia da Mango para o vestuário de homem.
Em termos de expansão da rede, o fundador da Mango - que começou a sua actividade a vender as suas primeiras camisas, em 1968, aos 14 anos - pretende duplicar o número de lojas, atingindo as duas mil. Os mercados de eleição são os EUA e a Ásia, bem como, a nível europeu, a França, Reino Unido e os mercados do Leste. Em Portugal, o grupo conta com 56 lojas - a mais recente abriu já este ano em Castelo Branco - e vai em breve inaugurar mais duas: em Angra do Heroísmo e Alfragide. |