"Malvinas foram, são e serão argentinas"
"Honra aos nossos soldados. As Malvinas foram, são e serão argentinas. Jamais cederemos nas nossas reivindicações", disse o presidente argentino nos jardins do Museu das Malvinas, em Buenos Aires.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, respondeu a Fernández através da sua conta no Twitter: "Nesse dia, há quarenta anos, a junta militar argentina invadiu e ocupou as ilhas Falkland", como são conhecidas as Malvinas no Reino Unido.
Johnson também agradeceu e lembrou "todos aqueles que lutaram e morreram para libertar essas ilhas e o seu povo". " O nosso compromisso com eles continua tão firme quanto em 1982".
Dezenas de milhares de pessoas, incluindo ex-combatentes, participaram por toda a Argentina em cerimónias, vigílias e e marchas à luz de tochas em homenagem aos mortos na guerra nas Ilhas Malvinas.
Os combates aéreos, terrestres e navais provocaram as mortes de 649 militares argentinos e 255 britânicos.
Milhares de ativistas de organizações sociais de esquerda organizaram uma marcha em Buenos Aires até a embaixada britânica, com o lema "Repudiamos a agressão imperialista britânica".
A Argentina recorda que as ilhas, herdadas da coroa espanhola depois da independência, foram ocupadas por tropas do Reino Unido em 1833. O governador e os moradores argentinos foram expulsos para o continente.
Por sua vez, Londres destaca que quase 100% dos 2.000 habitantes do arquipélago aprovaram a continuidade sob controlo britânico num referendo organizado em 2013.
A votação é o principal argumento do Reino Unido para ignorar uma resolução da ONU de 1965, que reconheceu o conflito pela soberania no Atlântico sul e pediu às duas nações que estabeleçam uma negociação.
Há 40 anos, a ditadura argentina, então comandada pelo general Leopoldo Galtieri, foi ferida de morte pela guerra perdida e em 1983 teve que convocar eleições, que marcaram o regresso da democracia.