Duas litografias e uma aguarela do pintor expressionista norueguês Edvard Munch (1863-1944) foram roubadas, este domingo, de um hotel perto da cidade de Moss, no Sul da Noruega. De acordo com a bbc.news, as três obras - a aguarela Vestido Azul, de 1915, um auto-retrato e um retrato do dramaturgo sueco August Strindberg - estavam avaliadas em mais de 241 mil euros. Este roubo acontece seis meses depois de outras duas obras do autor (O Grito e A Madona) terem desaparecido do Museu Munch, em Oslo, na Noruega..Os quadros estavam expostos no restaurante do Hotel Refnes, na ilha de Jeloey (onde Munch viveu entre 1913 e 1916), e pertenciam à colecção de Vidar Salbuvik, proprietário do hotel, composta por mais de 400 obras de arte, incluindo mais quatro obras de Munch. O hotel expõe regularmente obras de vários artistas noruegueses mas não costuma colocar nenhum alarme, uma vez que, como afirmou Salbuvik à rádio norueguesa NRK, não achava que "houvesse necessidade disso pois o pessoal trabalha 24 horas por dia".."O roubo aconteceu cerca das 23 horas locais (22 horas em Lisboa), quando o restaurante já estava fechado. Uma empregada que se preparava para sair surpreendeu na sala de refeições dois homens, cada um com um quadro", declarou à AFP Jan Pedersen, que dirige as investigações da polícia na cidade de Moss. "Um homem deixou cair um dos quadros e o vidro partiu-se, mas eles acabaram por fugir com três obras", precisou. "Os dois homens têm mais de 20 anos e cabelos castanhos", acrescentou Pedersen. A polícia fez buscas na zona durante toda a noite, mas sem qualquer sucesso..Jan Pedersen considerou prematuro associar este roubo ao que ocorreu a 22 de Agosto, ainda assim entrou já em comunicação com a polícia de Oslo para investigar o caso. Os dois quadros então roubados continuam desaparecidos e os especialistas em arte consideram que, tal como O Grito, muito dificilmente estas obras serão colocadas no mercado, uma vez que são demasiado conhecidas e serão logo localizadas.