Mais de mil portugueses presos no estrangeiro por tráfico de droga

Já houve portugueses executados em países que punem com a morte o tráfico, como os destinos turísticos Indonésia e Tailândia. Homens carenciados entre os 25 e os 40 anos são os que mais se envolvem nestes crimes
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As portuguesas "três Marias", na Venezuela, e a atriz Sara Norte, em Espanha, pagaram com anos de prisão o crime de tráfico de droga. Já o luso-chinês Lau Fat Wai, em 2013, partilhou o mesmo destino fatal de Marco Archer (na foto), o brasileiro que foi ontem executado na Indonésia e que sensibilizou o seu país. Atualmente há mais de mil portugueses presos no mundo por tráfico de estupefacientes, segundo dados de 2014 da secretaria de Estado das Comunidades.

Os países onde têm sido mais frequentes os casos de cidadãos nacionais apanhados por este crime são Brasil, Espanha, Reino Unido, Peru e Venezuela. Só em Espanha estavam presos por tráfico, no ano passado, 700 portugueses. O perfil tipo do "correio de droga" português traçado pela Polícia Judiciária aponta para homens, entre os 25 e os 40 anos, desempregados, com graves carências económicas, desinseridos socialmente e com antecedentes de consumo de estupefacientes. Podem ganhar cinco mil euros por viagem.

Se portugueses forem apanhados em países que punem o tráfico de droga com a pena de morte - casos da China, Indonésia, Tailândia, Malásia, Paquistão, Arábia Saudita, Qatar, Irão, Filipinas e Iémen - só poderão contar com a pressão diplomática internacional. Portugal não tem acordos de extradição com países que aplicam a pena de morte, precisamente por ser uma pena banida do nosso sistema penal e por o máximo de prisão previsto no Código Penal ser de 25 anos.

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