Mais de mil ofertas de ajuda e casas para receber 600 pessoas
O Conselho Português para os Refugiados recebeu de empresas, autarquias, instituições de solidariedade social e de particulares mais de mil ofertas com ajuda para o grupo de refugiados que é esperado em Portugal. Serão cerca de 4500 em dois anos. Ontem assinaram um protocolo com uma empresa que gestão de recursos humanos, que permitirá encontrar trabalho e dar formação a muitas das pessoas que vierem para Portugal. Amanhã é a vez da Plataforma de Apoio aos Refugiados assinar um protocolo com as primeiras de 100 instituições anfitriãs que estão disponíveis para dar casa até 600 pessoas.
"Temos recebido muitas ofertas, mais de mil, das mais variadas áreas. De privados, alguns mostrando o desejo de receber famílias, outros crianças, muitos querem ser voluntários. Temos contactos de autarquias, instituições como o Inatel, com quem vamos celebrar um protocolo, que tem unidades hoteleiras e estão dispostos a receber algumas famílias. Já fomos contactados por algumas empresas para a área do emprego. Há contactos da hotelaria e restauração, que podem ser respostas interessantes. Há um movimento grande de solidariedade e uma oferta muito grande, que tem de ser trabalhada de forma a termos uma resposta ágil e coerente", disse ao DN Teresa Tito de Morais, presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR).
Amanhã a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) assina protocolo com as primeiras instituições anfitriãs, de uma lista de 100 já registadas. "O nosso programa de acolhimento é um modelo de integração de base comunitária. Por isso, uma instituição recebe uma família. Algumas têm capacidade para receber famílias alargadas, até 12 pessoas. Nesta primeira fase temos 100 instituições anfitriãs, que podem receber até 600 pessoas", disse Rui Marques, da PAR. Para serem instituições anfitriãs têm de garantir alojamento autónomo, alimentação, vestuário, apoio na procura de emprego, de edução para as crianças, de cuidados de saúde e de aprendizagem do português.