Mais de 5 mil GNR vão transportar as provas

Autoridades têm montada a maior operação policial do ano para garantir a entrega e recolha dos exames nacionais nas escolas.
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A GNR tem preparada aquela que é, provavelmente, a maior operação de segurança do ano. Mais de cinco mil militares estão destacados para, a partir da próxima quarta-feira, fazerem a distribuição dos mais de 356 mil exames do secundário directamente nas escolas.

De acordo com fonte da GNR, os enunciados das provas, impressos pela editorial do Ministério da Educação, já foram transportados da Avenida 5 de Outubro para os vários comandos territoriais e, a partir de quarta-feira, serão entregues nas escolas ao professor indicado pela tutela.

As provas, tal como em anos anteriores, são elaboradas por equipas especializadas constituídas no âmbito do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) e depois depositadas no Ministério da Educação.

Ontem e no dia 10, a GNR e a PSP recolheram as provas e fizeram a sua distribuição pelos comandos territoriais. Um processo que se repetirá novamente nos dias 7 e 9 de Julho, para distribuir as provas da segunda fase dos exames nacionais.

Tal como explicou fonte da GNR, esta é "provavelmente a maior operação da Guarda ao longo do ano". E suplanta mesmo a mobilização de efectivos aquando da visita de Bento XVI a Portugal.

"Na visita de Sua Santidade, apesar de ser mais mediática, estiveram destacados 800 militares para três ou quatro dias." Agora serão mais de cinco mil, para um mês inteiro, para cobrir 95% do território nacional.

A fase principal da operação começa quarta-feira, dia de arranque dos exames, em que se realiza as provas de Português, Português (língua não materna) e Latim. "Temos de garantir que, em todos os dias de exame, os enunciados são entregues nas escolas entre as 07.00 e as 08.00", frisa a mesma fonte da GNR.

Tal como a PSP, a GNR tem uma listagem fornecida pelo ministério de Isabel Alçada com o nome dos professores credenciados em cada escola para receberem os envelopes com as provas. "O professor é o mesmo que, ao fim do dia, entrega os exames realizados pelos alunos à GNR", refere a mesma fonte.

O sigilo e segurança em torno de todo o processo continua após a realização dos exames: a classificação das provas faz-se em regime de rigoroso anonimato. Os exames são vistos fora da escola pública ou particular e cooperativa onde se realizam, por professores profissionalizados dos ensinos público e privado.

Para assegurar a correcção, o Ministério da Educação constituiu um Júri Nacional de Exames, composto por 51 pessoas, entre presidente, vice-presidentes e assessoria técnico-pedagógica.

O júri integra ainda sete coordenadores das delegações regionais e 32 responsáveis de agrupamentos de exames.

Os classificadores estão agregados nestes agrupamentos e são coordenados pelo Júri Nacional de Exames. Um júri que terá por missão reapreciar as provas sobre as quais existam reclamações dos alunos.

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