Mais de 150 zonas balneares têm falésias em risco

Mais de 150 zonas balneares em Portugal têm falésias em risco, tendo este ano decorrido saneamentos controlados em cinco praias, por razões de segurança, segundo dados de diversas administrações regionais hidrográficas fornecidos à Lusa.
Publicado a
Atualizado a

Pelas 14:51 horas de hoje ocorreu um deslize de pedras da falésia de uma praia de São Bernardino, em Peniche, ferindo, segundo as últimas informações, seis pessoas.

Na ronda feita pela Lusa há dois meses, a maioria das zonas balneares com falésias em risco estavam localizadas no Algarve.

Foi precisamente no Algarve que há dois anos cinco pessoas morreram e três ficaram feridas quando ruiu a falésia da praia Maria Luísa, em Albufeira.

Em todo o litoral algarvio há 181 placas que identificam as faixas de risco das zonas balneares e a segunda região com mais placas de sinalização de arribas em risco é a do Tejo, onde, segundo a ARH, estão identificadas cerca de 45 praias (de uso balnear).

Entre 1 de Outubro de 2010 e 31 de Março de 2011 a ARH Tejo registou 13 ocorrências de "movimentos de massa" nos concelhos de Cascais, Mafra, Lourinhã, Torres Vedras, Óbidos e Alcobaça.

Já na área de intervenção da ARH Alentejo foram colocadas cerca de 100 placas de zonas de risco em 30 praias e na área de jurisdição da ARH Centro têm sinalização de perigo pelo menos três praias e a Norte não há arribas em risco, mas a ARH colocou placas de sinalização de perigo em alguns locais.

Também em Junho, o presidente da Administração Regional Hidrográfica (ARH) do Tejo dizia à Lusa que as arribas costeiras em situação de instabilidade estavam todas identificadas e a ser monitorizadas numa área que se estende da Marinha Grande ao Cabo Espichel, em Sesimbra.

O presidente da ARH apelava ainda às populações para terem um "comportamento adequado à informação que está disponibilizada" nas zonas balneares de forma a minimizar os riscos de acidentes e a informarem as autoridades de alguma situação de instabilidade que detetem ou de alguma placa que necessite de ser reposta.

Em meados de Julho deste ano, um bloco de uma arriba na Praia da Salema, Algarve, ruiu e apesar de não ter havido feridos, a Autoridade Marítima apelou aos banhistas para respeitarem a sinalética do perigo de derrocada.

No final de Março, a queda de parte da arriba na praia de Porto das Barcas, no concelho da Lourinhã, levou a Protecção Civil municipal a restringir um dos acessos para evitar a passagem de pessoas e veículos.

Desde há vários anos que a praia se encontra sinalizada entre os locais com arribas em perigo de erosão, tendo sido colocada com sinalização a alertar para os perigos.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt