Veja as listas. Mais alunos a entrar nas faculdades e nos politécnicos, sobretudo fora de Lisboa e do Porto
Neste ano foram colocados no ensino superior mais de 46 mil estudantes, mais 1,6% do que no ano passado. Depois da primeira e da segunda fase de candidaturas, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lançou nesta sexta-feira, dia 11, os resultados da 3.ª fase.
E o resultado é claro: neste ano houve mais alunos a entrar no ensino superior do que em 2018. De acordo com os dados oficiais, foram colocados ao longo das três fases do Concurso Nacional de Acesso 46 058 alunos. Só na 3.ª fase foram colocados 1402 alunos, dos quais 840 não tinham ainda efetuado qualquer matrícula, em 2018 tinham sido colocados 1385.
A destacar há ainda o facto de "o número total de estudantes colocados ter aumentado principalmente em instituições fora de Lisboa e do Porto", refere o Ministério da Ciência e do Ensino Superior em nota divulgada às redações.
Segundo a mesma nota, tal facto "é reflexo das medidas de redistribuição territorial de vagas assumidas durante a presente legislatura".
No entanto, ainda ficaram por preencher 2607 vagas lançadas, havendo alguns institutos politécnicos com taxas de ocupação muito baixas. Mesmo assim, este número é menor do que o registado em 2018, que foi de 3468 vagas.
Os dados do ministério revelam também que a taxa de ocupação de vagas aumentou em relação ao anterior, verificando-se que em 2019 foram ocupadas 90,6% das vagas iniciais colocadas a concurso, 50 860, quando em 2018 foram ocupadas apenas 89,1% das vagas.
Mas neste ano houve ainda 492 candidatos colocados que depois não formalizaram a sua matrícula em nenhum estabelecimento de ensino.
Há pelo menos cinco instituições de ensino que se destacam pela ocupação máxima das vagas que lançaram, algumas com mais de 100% por terem conseguido colocar mais do que o número de alunos que estavam previstos. São elas: a Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Estoril, a Universidade Nova de Lisboa, o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, o Instituto Politécnico de Lisboa e a Universidade do Porto.
Já os institutos politécnicos de Bragança, Beja, Tomar, Portalegre e de Castelo Branco registaram as taxas mais baixas de ocupação de vagas, que vão dos 47% até aos 60%.
As vagas sobrantes podem ainda ser utilizadas para admissão no primeiro ano dos candidatos aos concursos especiais, como maiores de 23 anos, ou pelos estudantes que querem mudar de instituição e de zona.
Só depois desta fase de candidaturas é que está fechado o acesso ao ensino superior. Por isso, o ministério estima que além dos 46 058 entrem mais 30 mil estudantes pelo acesso especial. Ao todo, deverão entrar no ano letivo de 2019-2020 mais de 77 mil estudantes.
Em termos de áreas preferidas e com maior taxa de ocupação aparecem as de Informação e Jornalismo, Ciências Sociais e do Comportamento, Humanidades, Artes, Direito, Saúde, Ciências Físicas, Ciências da Vida e Matemática e Estatística.
Para os estudantes colocados a matrícula é realizada entre os dias 11 e 15 de outubro.