Mais 17 novos hipermercados até 2007
Portugal vai ter 17 novos hipermercados nos próximos dois anos, segundo os dados da Direcção-Geral de Empresas (DGE) de Junho último.
A Jerónimo Martins, com 14 novas lojas sob o emblema Feira Nova, é a principal impulsionadora. Os grupos Jumbo e Carrefour estão a preparar a abertura de mais uma grande superfície cada um e a Modelo Continente, que aposta sobretudo no formato Modelo, mantém a previsão de abertura de um Continente na Covilhã, o que deverá acontecer até Dezembro.
Em Junho, a DGE autorizou a abertura de mais 32 lojas, tendo a maior fatia recaído sobre a Sonae Distribuição, que viu aprovada a instalação de mais 21 espaços para diferentes áreas comerciais. O Feira Nova, com mais sete hipermercados, duplica a capacidade comercial face às concessões autorizadas em Março último.
O licenciamento de espaços comerciais disparou no último ano, com a área de venda a crescer mais de 300 mil metros quadrados. Desde a alteração do quadro legal, em Março de 2004, Sonae Distribuição e Jerónimo Martins viram as licenças para área de venda aumentar, respectivamente, 91 454 e 33 317 metros quadrados. Espaços que correspondem a mais de cem novas unidades para os vários formatos da Sonae Distribuição, com a Worten e o Modelo, com 24 e 20 lojas, respectivamente, no topo das preferências. Já a Jerónimo Martins teve um acréscimo de 23 lojas, das quais sete são Pingo Doce - em Junho foram pedidas mais licenças, mas os resultados ainda não são conhecidos -, e dois Electric Co e New Code. Mais "modestos" são os números do grupo Auchan, com as unidades comerciais Jumbo e Box a aumentarem a sua área em 19 mil metros quadrados, embora sem nenhuma concessão em Junho. O Carrefour tem autorizado um hipermercado de 10 mil metros quadrados, que será integrado num novo centro comercial na área de Setúbal.
O grosso dos licenciamentos situa-se nos distritos de Lisboa e Porto, onde nos próximos anos serão inauguradas mais de 100 novas lojas, de um total de 340 licenças para todo o País. Guarda, com duas autorizações, Beja e Viseu, com três cada, e Castelo Branco, com sete, são os distritos com menor número de autorizações. Outra das conclusões a retirar dos dados da DGE é que a principal aposta das empresas tem sido a abertura de unidades comerciais com áreas inferiores a 2000 metros quadrados. Uma situação que permite a abertura durante a tarde de domingo, algo interdito às grandes superfícies. Uma forma de contornar a lei e que possibilita a concorrência às lojas de discount , que se encontram abertas durante toda a semana. Importante tem sido também a diversificação dos formatos, relocalizando secções específicas dos espaços actuais, sobretudo a nível de produtos não alimentares, em lojas autónomas. Modificações que permitem diminuir a área da loja principal, que, por exemplo, de um espaço de 4 mil metros quadrados passa para duas ou três lojas com áreas inferiores aos 2 mil metros.
Este acréscimo de licenciamentos já levou a que Confederação de Comércio tenha solicitado a suspensão da lei actual, para que possa ser reformulada (ver texto secundário).