Maioria dos vacinados contra a zona não a desenvolve

<strong>A <em>Semana Mundial de Sensibilização para o herpes zoster</em> celebrou-se entre 27 de fevereiro e 3 de março e deixou uma questão: como incentivar a população a proteger-se, se a maioria ainda não conhece esta doença?</strong>
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Em Portugal, estudos mostram que 90% das pessoas com mais de 50 anos são portadoras do herpes zoster e que um em cada três adultos o irá desenvolver ao longo da vida. A vacinação é a melhor forma de nos protegermos contra esta doença altamente incapacitante e, com efeito, a maioria dos vacinados não desenvolve sintomas. Ainda assim, o herpes zoster ainda está envolto em muito desconhecimento.

Sendo a ignorância uma barreira contra a prevenção, a Semana Mundial de Sensibilização para o herpes zoster, que este ano se celebrou entre 27 de fevereiro e 3 de março, quis dar à população informação valiosa que a pode proteger contra a doença no futuro. A começar pelas suas origens.

Se teve varicela na infância, deve estar ainda mais atento, já que o herpes zoster é a reativação do vírus da varicela. Mas ao contrário do que aconteceu quando éramos crianças, o herpes zoster não se desenvolve por contágio, fica adormecido no organismo. Só quando a nossa imunidade se encontra fragilizada, quer porque temos mais de 50 anos de idade, quer por doenças crónicas que a enfraquecem, é que o vírus acorda.

Quando acorda, manifesta-se num local específico do corpo - daí "zona" ser um nome comummente associado ao herpes zoster. Nesse perímetro da pele, surgem lesões e, por vezes, complicações como a nevralgia pós-herpética, uma dor intensa bastante consistente e semelhante à sensação de um choque elétrico. Depois do tratamento, pode persistir dor crónica.

Por isso, a maneira mais eficaz de salvaguardarmos a nossa saúde é prevenirmos - e esse poder está a uma vacina de distância. Apesar de a taxa de sucesso estar próxima de 100%, ainda é preciso consciencializar a população para a necessidade de se vacinarem e, assim, prevenirem a zona.

Especialmente depois de um ano repleto de casos de difícil tratamento associados a alterações no sistema imunitário deixadas pela pandemia, é fundamental criar uma nova visão para esta doença. Até porque é algo que conseguimos evitar.

O autor do artigo não recebe qualquer honorário para colaborar nesta iniciativa.

Esta iniciativa é apoiada pela GSK, sendo os artigos integrados no projeto Ciência e Inovação da responsabilidade dos/as seus/suas autores/as

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