Maioria absoluta ou relativa

Numa altura em que os partidos se preparam para iniciar a campanha para as legislativas, este leitor reflecte sobre as consequências do acto eleitoral.
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A maioria absoluta acaba por ser uma ditadura, cujo efeito na oposição origina uma frustração na qual convergem todos os oponentes. Essa frustração traz o ódio, que acaba num cambão da maioria relativa para eliminar o opressor. Até há pouco tempo o poder pertencia ao capital, e anteriormente estava nas mãos do possuidor da terra. Hoje é a inteligência organizada que o detém. Esta inteligência faz parte da grande empresa que não depende de um indivíduo particular, mas necessariamente de um grupo de indivíduos. O estado é a maior empresa de qualquer país; nestas condições terá necessidade de uma gestão de um grupo de pessoas. Isto acontece na maioria relativa. Esta foi recentemente rejeitada. Os partidos, por sua vez, todos eles lutam por um primeiro-ministro com maioria absoluta. Daí a propaganda desconjuntada e confusa que se faz. Seria bom que todos pensassem o mesmo, para sairmos desta enrascada. (...)

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